Parte 148...
Aurora
Gisele caminhou até mim e segurou minha mão. Seu toque era firme, de quem já tinha vivido muita coisa. Ela sabe como são resolvidos os problemas na máfia.
— Sua mãe vai adorar voltar àquela casa. A mãe dela plantou cada flor ali. Quem sabe as lembranças ajudem. E eu cuido dela, pode deixar.
Engoli a emoção. Meus olhos se encheram, mas não deixei escorrer.
— Obrigada. Mesmo ela ainda estando no início da doença, tem momentos que não sei bem lidar com ela. Fico muito emotiva.
— Vai dar tudo certo, Aurora. Como diz você... Vai por mim – sorrimos — E você está cheia de hormônios. É natural que fique nervosa, agitada, emotiva.
— Eu quero acreditar nisso. – suspirei.
Olhando o reflexo da minha barriga ainda pequena no vidro da janela, entendi que não se tratava só de proteger. Era sobre confiar. Em mim. Nele. E no tempo que agora crescia dentro de mim, mudando tudo.
***** *****
Estava no escritório, com os olhos fixos na tela do notebook, mas sem enxergar uma linha seque