Parte 56...
Aurora
— Mas tem que ser agora, Aurora?
— Sim, tem que ser - passei os braços pelo pescoço dele — Eu já tinha acertado com a proprietária que queria usar o espaço.
— Mas seu rosto ainda está um pouco vermelho - correu o dedo em minha bochecha — Eu não quero que vejam você assim, bela.
— Eu não tenho vergonha, Domenico - fiz um bico — Já se passaram quatro dias. Eu nem mesmo fui à praia lá embaixo, seu irmão fica ligando pra você voltar - enfiei os dedos em seu cabelo na nuca — Já estou melhor. Ninguém vai pensar que eu levei um soco. No máximo me bati com uma porta.
Ele fez uma careta de quem não gostava da ideia.
— Poderia só ligar pra ela e pronto.
— Domenico, a gente não fecha as portas que se abrem. Ela foi muito gentil comigo quando estava buscando um local para montar meu ateliê. Agora que vou para Palermo, acho que devo a ela uma explicação adequada.
— Mas é só deixar o depósito pra ela - encolheu os ombros.
— E eu vou deixar, mas quero falar com ela pessoalmente, é