Tentou dar um passo em minha direção, mas Luka se interpôs, o corpo rígido, a postura territorial.
Ela recuou, abatida, e saiu. Laura ficou por último.
Ela não disse nada, apenas me olhou, um sorriso pequeno e triste no canto dos lábios. Como se soubesse que Luka ia cuidar de mim melhor do que qualquer uma poderia.
Então virou-se e saiu em silêncio.
Quando ergui o olhar, encontrei Alexei e o padre Elijah parados na porta.
Os dois me observavam com um tipo de piedade que me fez desejar desaparecer.
A vergonha queimava tanto que o ar parecia pesado demais pra respirar.
E eu fiquei ali, tremendo, o som da respiração de Luka sendo a única coisa viva naquele silêncio.
Ele me puxou para um abraço firme, o coração dele batendo forte contra o meu.
— Você tá machucada? — perguntou, a voz grave, urgente.
Balancei a cabeça.
— Não. — sussurrei. — Só… assustada.
Ele me segurou pelos ombros, o olhar tenso.
— O que aconteceu, Rosa?
Engoli em seco, as lágrimas já turvando tudo.
— Eu… e