Capítulo 6 Seu ponto fraco

A imagem dele ali lhe pareceu estranha, o último encontro deles foi carregado de tensão, ela podia sentir o ódio irradiando pelos olhos de Liam naquela época, ele estava furioso, suas acusações ecoando por toda a mansão dos Irving. Ele agora parado ali para Olívia , era como ver alguém desconhecido. Ali estava um homem que parecia ter perdido algo essencial no caminho. Seu amor. Apesar de suas suspeitas, ela não possuía nenhuma prova, não podia se defender.

Ela parou a poucos metros dele, a sombra do carro de luxo envolvendo-a. O silêncio entre eles era pesado. O que ele queria? Ele veio fazer justiça? As perguntas ecoavam em sua mente, um grito silencioso. Ela estava com medo, mas se ele estava ali não podia escapar agora.

- Senhor Hawksmoor, está longe de casa. Em que posso ajudar?

— Entre — a voz dele soou grave e direta, sem qualquer saudação. — Vamos jantar. Quero te levar a um lugar.

Olívia sentiu um arrepio. Esse homem reduziu toda a influência de sua família a quase zero em poucos dias, perseguindo-os como uma caça às bruxas. Não, ela não iria a lugar algum com ele, se ele quisesse machucá-la, ela não iria se entregar como um cordeiro. A oferta, era agora um insulto. Ele realmente esperava que ela seguisse de olhos fechados, com uma garotinha ignorante, ele oferecia uma migalha e ela sorria encantada, agradecendo a sua gentileza. Sua voz saiu fria e cortante, sem emoção.

— Não, obrigada. Estou cansada e não tenho fome. Se você veio de tão longe, espero que seja por um motivo que valha a pena. Sei que a polícia arquivou o caso. Seja direto, senhor Hawksmoor. Não perca meu tempo.

A dureza de sua resposta o pegou de surpresa. A máscara de controle em seu rosto vacilou por um segundo, um vislumbre de choque em seus olhos. Mas a reação foi rápida. Como um calculista que não permite erros, ele se recompôs imediatamente.

— É uma proposta. Uma proposta importante.

Ele não a convidou novamente, apenas abriu a porta traseira do carro. Olívia, com um último vestígio de ceticismo, o seguiu. Esse cara é realmente inacreditável, como se ela fosse aceitar qualquer coisa dele e muito menos oferecer algo a ele, ela sabia que não estavam no mesmo nível, nunca estiveram, mas contrariá-lo não estava no seus planos, era inútil. Antes, ele mostrou a frieza dos seus meios.

Entrou no veículo, acomodando-se no luxuoso assento de couro, ainda mantendo uma distância segura. Ela se perguntava o que poderia ser tão importante a ponto de justificar a aparição dele em sua vida novamente. Liam a seguiu, fechando a porta, e o silêncio do interior do carro foi preenchido com a tensão entre os dois. O silêncio dentro do carro era mais pesado do que o ar do lado de fora. A tensão era uma parede invisível entre eles. Liam quebrou o silêncio, sua voz tentando soar casual, mas falhando.

— Então foi aqui que você esteve todos esses anos, Srta Olívia? Fiquei me perguntando...

Ela não hesitou. A cortina que a separava daquele passado sombrio era sua proteção, e ela não permitiria que ele a rasgasse.

— Isso não importa. O que você quer, senhor Hawksmoor? De verdade.

Ele engoliu a tentativa de simpatia. Respirou fundo, os olhos azuis frios fixos no horizonte. A máscara gélida de profissionalismo retornou ao seu rosto, mais densa do que antes.

— Preciso de uma esposa — ele disse, a voz monótona.

Olívia soltou uma risada, um som cruel e amargo que a surpreendeu. A palavra "esposa" ecoou na escuridão do carro. Ela nunca mais faria isso, nunca mais colocaria um vestido de noiva. A raiva que ela havia enterrado por todos esses anos ressurgiu, quente e violenta.

— Você é louco? Depois de tudo! Ridículo!

Ele nem se moveu, inabalável.

— É um casamento por contrato. Preciso de uma esposa impecável, dócil, obediente. Uma que não cause problemas. Quero negociar.

As palavras frias dele foram como um tapa. Mas, antes que ela pudesse responder, ele soltou sua recompensa, a arma que sabia que a atingiria e a desarmaria.

— Em troca, providenciarei todo o tratamento paliativo para sua avó, permitirei que você passe os últimos dias ao lado dela. Ela está... morrendo, mas vou garantir que ela esteja confortável.

O ar se foi dos pulmões de Olívia. O mundo girou. A fúria borbulhou em seu peito, uma vontade incontrolável de socar aquele rosto impassível. A mesma fúria que vinha da impotência, era a mesma que a queimou há tempos atrás contra Edward, Beca e todos os que ela amou quando não acreditaram nela.

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