A estrada que levava à mansão DeLuca era longa e sinuosa, margeada por vinhedos antigos e ciprestes que pareciam sussurrar memórias ao vento. Rose observava a paisagem pela janela do carro, o coração acelerado e as mãos trêmulas sobre o colo. Cada curva era uma lembrança, cada quilômetro a aproximava de um passado que jurou nunca mais encarar.
Frank dirigia em silêncio, o olhar atento à estrada. O som do motor era o único ruído, acompanhando o bater ritmado — e ansioso — do coração de Rose.
— Está muito diferente — ela murmurou, quebrando o silêncio, ao ver os muros altos e o portão de ferro se aproximando.
Frank lançou-lhe um olhar rápido e respondeu com um meio sorriso.
 — Depois que você fugiu, muita coisa mudou.
Ela respirou fundo, tentando disfarçar o nervosismo. — Mudou para melhor… ou pior?
Ele suspirou, olhando adiante.
 — Depende de como você encara as coisas. Alguns empregados antigos foram embora, outros foram… substituídos. Depois da morte da minha mãe, Martin assumiu de ve