Rose fechou a porta atrás de si, o coração disparado pelo encontro inesperado. O som seco da madeira ecoou pela casa silenciosa, como um aviso de que algo estava prestes a mudar. No corredor, Caterina a esperava — os braços cruzados, o avental amarrotado, o rosto carregado de tensão e desapontamento.
— Eu sei com quem você estava — disse, com a voz embargada, mas firme.
Rose congelou. A garganta apertou-se. Procurou palavras, mas apenas o silêncio lhe saiu.
— Caterina, eu…
— Não tente me enganar! — interrompeu, a voz agora trêmula. — O senhor da rua de baixo me contou tudo! Disse que viu você entrar num carro preto com um homem forte, de terno escuro… Rose, ele nos descobriu! — Os olhos marejaram. — E Elena? O que vai ser dela?
As lágrimas começaram a descer pelo rosto da mulher que, por tantos anos, fora o alicerce de Rose.
Rose respirou fundo, tentando manter a calma. Caminhou até a filha, que brincava na sala com uma boneca de pano, e a pegou no colo. O toque da criança a trouxe de