Rose ainda estava tentando recuperar o ar. O encontro inesperado com Martin havia abalado cada fibra do seu corpo.
Anos haviam se passado, mas a lembrança do medo voltou viva, crua, como uma ferida que nunca cicatrizou.
Ela caminhou até a varanda do quarto tentando respirar, o coração disparado.
— Respira, Rose… — murmurou para si mesma — Ele não pode mais te ferir.
Mas o corpo dela tremia — não de medo, e sim de raiva.
Passos firmes soaram atrás dela.
Frank se aproximou devagar, observando-a em silêncio por um instante. Ele sabia — conhecia o olhar dela o suficiente para entender o que se passava por dentro.
— Não esperava ver ele aqui, não é? — disse, a voz grave, controlada.
Rose virou-se devagar, o olhar ainda perdido no vazio.
— Não… — respondeu num sussurro. — Eu achei que ele estivesse longe na Alemanha… podia ter me avisado. — Ela falou amarga.
Frank se aproximou mais um passo, o olhar intenso, firme.
— Se eu tivesse falado talvez você não viesse.— Mostra pra eles que vo