Rose respirou fundo, olhando pela grande janela do restaurante. Do lado de fora, a cidade se movia com pressa, buzinas e passos misturados, como se o mundo não tivesse tempo para hesitar. Mas ela hesitava. As palavras de Frank ecoavam dentro dela, misturando promessas antigas e lembranças perigosas.
— Então, vai voltar comigo? — perguntou ele, a voz rouca, firme, como se já soubesse a resposta.
Rose demorou alguns segundos para responder. Seus dedos brincavam com a borda do guardanapo, tentando disfarçar o turbilhão que se passava por dentro.
 — Eu... vou voltar, Frank. — disse, finalmente. — Mas não por você, nem pela sua família. Quero de volta o que é meu por direito. As terras da minha mãe, a casa onde cresci. — ergueu o olhar, determinada. — É só por isso.
Frank esboçou um sorriso de canto, daqueles que misturavam ironia e admiração.
 — Mesmo quando tenta me convencer do contrário, você ainda tem o mesmo fogo nos olhos.
Ela desviou o olhar, irritada com o efeito que ele ainda cau