Ava segura a caneta com firmeza entre os dedos. Seus olhos percorrem novamente a última cláusula, como se quisesse ter certeza de que estava no controle. E, no fundo, acreditava que estava, pois sempre se achou uma mulher muito esperta.
Então, ela assente levemente com a cabeça.
— Está tudo certo — diz, firme, como quem selava um acordo sob seus próprios termos. — Eu concordo.
Sem hesitar mais, assina o contrato com uma assinatura segura e decidida. E, naquele instante, achava que aquilo a blindava, que aquela assinatura era o início de seus planos e vingança.
Enquanto ela escreve, Hector a observa em silêncio.
De braços cruzados, parado à frente da mesa, ele acompanha cada movimento com os olhos fixos nela. Mas seu olhar não entrega nada. Não há sorrisos, nem arrogância evidente. Apenas um silêncio indecifrável, quase educado… que ocultava tudo o que realmente se passava dentro dele.
Por fora, ele parecia apenas atento.
Mas, por dentro, Hector já projetava mentalmente tudo o que ganh