Após dar todas as instruções à Charlotte, Ava caminha até o espelho e se encara por completo, vendo o resultado de sua arrumação. Ela ajeita os cabelos, dá um passo para trás e encara seu reflexo como se procurasse algo fora do lugar, contudo, por mais que não gostasse de admitir: estava impecável.
Pouco depois, a porta do quarto se abre. Doris entra com um sorriso e um buquê nas mãos.
— Olha o que Hector mandou entregar — diz, se aproximando com cuidado.
O buquê era delicado e encantador, com rosas brancas e orquídeas misturadas a pequenas flores claras e folhagens suaves. A fita de cetim nude que envolvia o cabo dava um toque doce e elegante, como se tivesse sido feito exatamente para combinar com o jeito de Ava: forte por fora, mas cheia de sentimento por dentro.
— Ele está esperando por você na sala — completa Doris, com um brilho nos olhos.
Fechando os olhos por um instante, Ava segura o buquê contra o peito. Em silêncio, faz uma pequena prece:
“Que nada me desvie do meu propósit