Já se passaram alguns dias desde que deixei a BrTech. Os primeiros amanheceres foram silenciosos, quase desconfortáveis. Acordei cedo, como de costume, mas sem a urgência dos compromissos, sem a expectativa dos e-mails e da rotina meticulosamente alinhada. Nenhuma mensagem de Sebastian, nenhum sinal de vida. O vazio daquela ausência pesava mais do que eu estava disposta a admitir. A saudade se manifestava de maneiras sutis — no café que preparava no mesmo horário de antes, na forma como ainda esperava ver o nome dele acender na tela do celular. Mas eu resistia. Insistia em acreditar que manter distância era o único caminho possível para preservar o pouco que restava da minha sanidade emocional.
Sem trabalho, minha nova rotina passou a incluir longas manhãs com café e o notebook no colo, atualizando meu currículo e enviando e-mails para vagas que surgiam aqui e ali. O processo era lento e um tanto desanimador, mas eu me forçava a continuar. Ainda não havia oficializado a demissão,