SEBASTIAN
Se alguém me dissesse, anos atrás, que o amor seria a maior aventura da minha vida, eu teria rido.
Eu não era o tipo de homem que acreditava nessas coisas. Eu acreditava em poder, em controle, em resultados. Tudo podia ser planejado, calculado, previsto. Tudo, menos ela.
Isadora chegou como uma bagunça — linda, intensa, impossível de ignorar. Bagunçou meu controle, meus horários, minha lógica. E o pior (ou o melhor) é que eu deixei. Deixei porque, pela primeira vez, viver sem controle não parecia um erro. Parecia… liberdade.
Ela me mostrou que o amor não é algo que se administra, mas algo que se vive. Que não dá pra colocar na planilha, nem prever o retorno. O amor não é investimento — é entrega. E entregar-se exige coragem.
Eu não sabia o quanto era covarde até perceber o quanto tinha medo de perdê-la.
Foram muitas fases. O começo foi fogo e instinto, dois mundos colidindo. Depois veio o caos, as incertezas, o peso das escolhas. Teve o acidente, o esquecimen