O táxi parou na rua indicada e, antes mesmo que eu colocasse os pés no asfalto, avistei o piscar intermitente das luzes vermelhas e brancas refletindo nas fachadas dos prédios. A ambulância já estava ali, parada com as portas traseiras abertas. Meu coração deu um salto seco no peito quando vi, a poucos metros de distância, dois paramédicos erguendo uma maca com alguém deitado, o rosto parcialmente coberto por uma máscara de oxigênio.
Sebastian.
Desci do carro num rompante, mal agradeci ao motorista. Corri na direção deles, o chão fugindo sob meus pés, e parei quando vi um homem parado ao lado do carro de Sebastian — o mesmo modelo de sempre, discreto, escuro. O rosto do desconhecido estava crispado de tensão, os olhos fixos na movimentação.
— Você é... a pessoa que atendeu o telefone? — ele me perguntou assim que me aproximei.
— Sim, sou eu. O que aconteceu com ele?
— Eu estava passando e vi o carro parado com o pisca-alerta ligado. Achei estranho, me aproximei e o vi caíd