Abri a porta devagar, sem saber o que esperar. Sebastian estava ali, parado no corredor, com as mãos nos bolsos e o olhar opaco, como quem já sabia que não seria bem-vindo. Ele não disse nada de imediato. Apenas entrou quando dei um passo para o lado, permitindo sua passagem. E, mesmo depois de atravessar a porta, permaneceu em silêncio.
Fechei a porta atrás de nós, com calma. Não o convidei para sentar. Não disse nada também. Fiquei de pé, alguns passos afastada, os braços cruzados diante do peito, esperando que ele dissesse o que quer que tivesse vindo dizer.
— Isa... — ele começou, com a voz mais baixa que o habitual — eu vim porque... precisava te ver. Precisava esclarecer algumas coisas. E... te pedir desculpas.
Apenas o encarei, sem interrompê-lo. Meu corpo inteiro parecia pronto para estremecer, mas minha expressão se manteve impassível.
— Me desculpa por qualquer coisa que eu tenha feito — ele continuou — por ter te deixado confusa, por não ter falado antes, por ter