Assim que a porta do apartamento se fechou atrás de mim, minhas pernas fraquejaram. Encostei na parede e escorreguei até o chão, como se tudo tivesse desabado de uma vez — talvez tivesse mesmo. E ali, sentada no frio do piso, deixei que o choro viesse mais uma vez, sem contenção, sem orgulho, sem máscara. Meus soluços ecoavam no silêncio da casa que, de repente, parecia tão grande, tão vazia e tão... injusta.
Onde foi que eu errei?
Essa pergunta me atravessava como uma lâmina afiada. Eu só queria ser feliz. Só queria viver uma vida simples, tranquila. Construir algo meu, amar alguém, ser amada de volta. Fiz tudo certo — ou pelo menos tentei. Trabalhei duro, fui fiel aos meus princípios, estendi a mão quando me pediram, me doei onde acharam que eu deveria preencher. E ainda assim... aqui estava eu. Sozinha. Ferida. Em guerra contra um ex-namorado manipulador e magoada por alguém que jurava não querer me machucar.
Henrique foi o começo do abalo, Sebastian... o epicentro do terre