Nathan me puxou com calma, sem pressa, como se tivesse medo de que qualquer movimento mais brusco me fizesse desaparecer. O corpo dele estava quente, e o cheiro de uísque misturado ao perfume familiar me envolveu antes mesmo que eu pudesse resistir.
— Eu bebi um pouco — ele murmurou, encostando o rosto no meu cabelo. A voz soava baixa, cansada, quase um sussurro. — E se a gente for um pouco mais longe, quero que seja quando eu estiver sóbrio.
A sinceridade dele me desarmou de um jeito silencioso.
— Nathan… — comecei, mas ele me interrompeu, deslizando o polegar pelo meu rosto com uma ternura que fazia doer.
— Fica só um pouco — pediu. — Só essa noite, sem promessas, sem guerra.
Suspirei, exausta demais para lutar. Ele me envolveu nos braços e deitou comigo sobre o lençol amarrotado, o coração dele batendo pesado contra o meu ombro. Por um instante, nada mais existiu — nem a Walker, nem a Bennet Crown, nem os meses de silêncio.
— É assim que eu devia ter segurado você antes