O café da manhã se estendeu mais do que eu imaginava. Entre risadas baixas, provocações sutis e alguns silêncios que diziam mais do que qualquer palavra, percebi que, pela primeira vez em muito tempo, estávamos simplesmente… convivendo.
Ela falava sobre a Crown com aquela firmeza que me desarmava, sobre a nova fase da empresa, sobre Genebra, e sobre como aprendera a respirar em meio ao caos. Eu escutava, observando cada gesto, cada pausa. A verdade é que eu podia ouvi-la falar o dia inteiro e ainda achar que não era o suficiente.
Quando o assunto cessou, o silêncio entre nós mudou de tom. Ficou mais denso, mais íntimo. Eliza se levantou devagar, caminhou até a janela. A luz do fim da manhã atravessava a cortina e iluminava o contorno do corpo dela.
Levantei-me também, sem pensar muito, e me aproximei por trás. Passei os braços em torno da cintura dela e a puxei contra mim. Ela não recuou apenas respirou fundo, deixando-se envolver.
Ficamos assim por alguns segundos, só o som do ar con