Eu sabia que o Nathan estava hospedado no mesmo hotel que eu.
Sabia até o número do quarto, embora nunca tivesse perguntado a ninguém.
Informações assim, pra mim, sempre chegaram fácil demais e, naquela noite, eu não soube o que fazer com elas.
Por alguns segundos, fiquei parada no meio do quarto, sem saber o que fazer com as próprias mãos.
Nathaniel ainda estava encostado na porta, me observando como se tentasse decifrar o que eu era naquele momento um fantasma, um erro, ou uma lembrança que insistia em voltar.
— Pode relaxar, Walker. — murmurei, tirando o casaco e o deixando sobre o encosto da poltrona. — Não vim pra discutir.
Ele arqueou uma sobrancelha, cético.
— Então pra quê veio?
Olhei em volta. O quarto era amplo, o mesmo padrão de sempre elegante, impessoal, frio.
Sobre a mesa, uma garrafa de uísque pela metade e dois copos, um ainda úmido. Ele não dormia. Assim como eu.
— Não sei. — admiti, por fim.
As palavras saíram mais baixas do que eu pretendia, ma