Acordei na manhã seguinte na cama do Nathan. O lençol macio tinha o perfume inconfundível dele, e por um instante quase esqueci onde estava. Mas ao esticar a mão para o lado, encontrei apenas o vazio frio. O travesseiro dele não guardava sequer o calor de um corpo recente.
Me ergui devagar, o coração batendo mais rápido do que eu gostaria. Vasculhei o quarto com os olhos, procurando algum sinal dele — a camisa jogada em uma cadeira, um movimento na porta entreaberta, qualquer coisa. Nada. O silêncio era denso, preenchido apenas pelo som abafado da cidade lá fora.
Sentei-me na beira da cama, os pés tocando o chão gelado, e passei a mão pelos cabelos, tentando organizar tanto os fios quanto os pensamentos. A noite anterior ainda latejava em mim, confusa e intensa. Eu não sabia se me arrependia, se queria repetir, ou se deveria apagar aquilo da memória antes que fosse tarde demais.
Foi quando ouvi passos vindos do corredor.
Os passos se aproximaram e, quando a porta se abriu, vi Nathan