Quando a porta se fechou atrás dela, fiquei parado por alguns segundos, sentindo o vazio que a presença de Eliza sempre deixava, mesmo quando ela se afastava fisicamente. Meu olhar vagueou pelo quarto, mas nada conseguia me prender. Apenas ela conseguia.
O silêncio parecia carregar um peso próprio. E eu sabia, com uma clareza incômoda, que ela estava planejando contra mim. Não era um palpite; era uma certeza construída nos detalhes sutis que ela deixava escapar o modo como inclinava a cabeça, o tom de voz, cada pausa calculada.
Seria doloroso admitir que ela era mais astuta do que eu imaginava. Eu era um Walker, acostumado a controlar negócios, pessoas, até situações de risco. Mas a Eliza… ela era uma Bennet. E os Bennet nunca jogam apenas por impulso; eles sempre têm um tabuleiro inteiro em mente.
Respirei fundo, tentando afastar a sensação de alerta constante que ela provocava. Não podia me dar ao luxo de ser ingênuo. Ela me amava? Talvez. Mas amores, às vezes, podem coexistir com e