— Meu Deus, Sophie… o Nathan está desconfiando de mim. — murmurei assim que ela entrou no meu quarto mais tarde, fechando a porta atrás de si.
Ela arregalou os olhos, mas logo assumiu aquela postura firme que sempre tinha comigo, a de alguém que precisava ser meu porto seguro quando o chão parecia ceder.
— Respire, Liza. Okay? — disse, erguendo as mãos como se quisesse me ancorar no momento. — Calma. Me conte o que aconteceu.
Comecei a andar de um lado para o outro, os braços cruzados contra o corpo como se eu mesma tentasse me segurar. A imagem dele ainda estava tão vívida em mim — os olhos estreitando como se sondassem cada palavra minha, cada silêncio calculado.
— Eu deixei no ar… que o que estávamos vivendo era temporário. — falei, finalmente parando e olhando para Sophie. Minha voz saiu mais baixa, quase um sussurro de quem teme admitir em voz alta. — Sophie… o Nathan não é bobo. Ele deve ter juntado as peças.
Ela se aproximou, pousando as mãos firmes nos meus ombros. — Ei. Olha