Ele segurou minha mão com naturalidade, como se fosse o gesto mais simples do mundo. Para mim, no entanto, cada toque dele era uma mistura de conforto e perigo. Caminhamos juntos pelo corredor do hotel, deixando a Amelie, o Liam e a Sophie no bar, o silêncio preenchido apenas pelo som abafado de nossos passos no carpete espesso.
Quando a porta do quarto dele se fechou atrás de nós, senti o ar mudar. A tensão do bar, os olhares, a presença da Amelie, tudo ficou do lado de fora. Restava apenas Nathan e eu e a intensidade inevitável que sempre nos arrastava um para o outro.
Ele se aproximou devagar, como se tivesse medo de que eu recuasse. Mas eu não recuei. Permiti que sua mão deslizasse pela minha cintura, que seu rosto buscasse o meu. O beijo veio quente, urgente, cheio de uma saudade que nunca deixava de existir, mesmo quando estávamos frente a frente todos os dias.
Me entreguei ao beijo, ao toque, ao calor dele. Meu corpo o reconhecia como lar, mas minha mente sussurrava lembranças