Na manhã seguinte, acordei com um corpo macio encaixado ao meu, como se tivesse nascido para caber ali. O calor dela me envolvia, o perfume adocicado misturado ao cheiro limpo de seus cabelos invadiu meus sentidos, puxando-me para um estado de torpor quase perigoso. Mas então, o incômodo no braço o corte latejou, lembrando-me da noite anterior.
Eliza vestia uma camisa minha, larga o suficiente para deixar à mostra parte de sua coxa, o tecido amassado pelo nosso sono inquieto. Sua pele quente contrastava com o frescor da manhã que entrava pela janela entreaberta. Eu respirei fundo, absorvendo aquele instante, e me inclinei para depositar um beijo lento na curva suave do seu pescoço.
Foi aí que percebi que ela estava acordada. Seus ombros se moveram de leve, um sinal de que minha presença não lhe era indiferente. Ela não disse nada, mas senti a respiração dela mudar, ficando mais profunda, como se estivesse decidindo se devia ou não quebrar o silêncio.
Passei a mão livre pela linha d