No dia em que meu ex-marido se casou com minha irmã adotiva, eu me joguei de um prédio. Amei Lúcio Braga por dez anos. Após o casamento, abandonei minha carreira para ser uma esposa dedicada, tudo porque ele disse que gostava de mulheres que cuidam da casa. Mas ele se apaixonou pela minha irmã adotiva, Yarin Chaves, uma mulher frágil e hipócrita que fingia ser trabalhadora. Ele chegou a dizer que “a mulher que trabalha duro é a mais bela”. O que ele parecia ter esquecido é que, antes do casamento, eu já era uma designer renomada internacionalmente. Todos os meus esforços para salvar nosso casamento foram vistos por ele como atos maldosos. Ele não apenas destruiu minha família e causou o aborto do nosso filho, mas também disse que isso era o preço que eu deveria pagar por ter “machucado” Yarin. Ao renascer, jurei nunca mais repetir os mesmos erros. Este homem? Não o quero mais. Porém, depois que assinamos o divórcio, o homem que na vida passada me odiava com todas as forças passou a implorar para que eu voltasse. E, bem na frente dele, me joguei nos braços do maior rival dele.
Ler maisTheo tinha visto Yarin me empurrar com seus próprios olhos. Será que agora ele finalmente entenderia quem ela realmente era?No segundo seguinte, ouvi um barulho alto, seguido por um grande respingo de água ao meu lado. Para minha surpresa, Yarin havia pulado na piscina.Ela começou a nadar em minha direção, tentando me puxar para a borda. No entanto, depois de algumas tentativas, ela começou a afundar, como se tivesse perdido todas as forças.— Yarin! — Theo gritou desesperado.Ele tirou o casaco às pressas e mergulhou na água para salvá-la, ignorando completamente o fato de eu ainda estar na piscina.Eu não pude evitar franzir os lábios de incredulidade. Mesmo em uma situação como essa, Theo havia escolhido salvar Yarin e não a própria irmã. Que “excelente” irmão ele era...Fazer cena gastava energia, e eu já estava cansada de me debater na água. Decidi nadar até a borda sozinha, mas, antes que pudesse fazê-lo, outra pessoa pulou na piscina.Caio me segurou pela cintura e me puxou pa
No dia em que Yarin recebeu alta, mandei uma mensagem para ela, convidando-a para um jantar no dia seguinte. Ela aceitou imediatamente. Era óbvio que ela sabia que o jantar não seria apenas para comer.Afinal, ela ainda acreditava que eu estava grávida, e, mesmo que eu não a procurasse, ela certamente daria um jeito de vir atrás de mim.Além disso, fiquei sabendo que Theo, mesmo depois de ser rejeitado por Caio no hospital, ainda não havia desistido e havia marcado uma nova reunião com ele para discutir negócios, na mesma data e local onde eu encontraria Yarin. Era a oportunidade perfeita. Dessa vez, eu faria Theo enxergar o verdadeiro rosto de Yarin.Saí de casa de propósito meia hora atrasada. Quando cheguei ao restaurante, Yarin já estava lá, claramente impaciente.Assim que me viu, ela rapidamente escondeu a expressão de irritação e fingiu um sorriso natural, como se não tivesse passado os últimos minutos impaciente.— Irmã, por que demorou tanto? Nem atendeu o telefone. Achei que
Estávamos na entrada do hospital, e eu realmente achei que Lúcio só estava blefando. Nunca imaginei que ele fosse fazer algo mais sério.Mas então, vi um brilho sombrio passar pelos olhos dele. De repente, ele empurrou Caio com força, agarrou meu braço e começou a me arrastar para fora.Ele andava rápido, e havia uma pequena escadaria logo à frente. Fui pega de surpresa, sem tempo de reagir. Meu pé escorregou no degrau, e, antes que eu percebesse, já estava caindo.No exato momento em que perdi o equilíbrio, Lúcio afrouxou sua mão e me soltou. Meu braço escapou do aperto dele, e tudo que ouvi foi o som da voz dele, gritando em pânico:— Daisy!Quando estava prestes a ter um encontro nada agradável com o chão, senti uma mão firme agarrar meu outro braço. Uma força contrária me puxou de volta, e meu corpo colidiu contra um peito quente e sólido.Ainda tremendo, agarrei a cintura da pessoa que me segurou. Meu coração batia tão rápido que parecia que ia sair pela boca.O homem que me segur
O sorriso caloroso demais da minha mãe me deixou com a sensação de que algo estava errado.Caio, por outro lado, manteve a calma e respondeu:— Somos vizinhos. Ajudar um ao outro é natural. Não precisa ser tão formal.Eu rapidamente percebi que o clima estava ficando estranho e tentei escapar, mas minha mãe foi mais rápida. Ela me puxou para um canto e, abaixando a voz, perguntou com seriedade:— Me diz a verdade, o que está acontecendo entre vocês dois?Suspirei, já imaginando onde essa conversa iria parar.— Mãe, o que você está falando? Já explicamos que somos apenas amigos.Minha mãe imediatamente balançou a cabeça, rejeitando minha resposta:— Não é possível! Eu sou mais velha e já passei por isso. O jeito como o Caio olha para você não é normal. Pode ser que agora não tenha nada, mas quem garante que no futuro não vai ter?Revirei os olhos, sem acreditar no que estava ouvindo.— Mãe, o Caio tem um olhar intenso por natureza. Ele poderia olhar para um cachorro e parecer apaixonado
Theo me lançou um olhar e, pressionado pelos meus pais, murmurou de forma relutante:— Tá bom, eu admito que te acusei injustamente.O que foi isso? Que tipo de pedido de desculpas era esse? Tão forçado e sem a menor sinceridade.Eu estava prestes a responder, mas Theo falou antes de mim:— E você e o Caio? Eu vi com meus próprios olhos vocês dois se agarrando!— Ver não significa necessariamente entender.Antes que eu pudesse rebater, uma voz masculina fria soou atrás de mim.Fiquei surpresa, virei para olhar o homem parado na porta do quarto e perguntei, incrédula:— Caio? O que você está fazendo aqui?Caio entrou com passos firmes e respondeu:— Vim visitar um parente mais velho. Mas, por coincidência, acabei ouvindo alguém inventando histórias sobre mim.Levantei uma sobrancelha, olhando para ele com desconfiança. Eu tinha ido ao hospital, e ele também apareceu no mesmo horário? Era uma coincidência boa demais para ser verdade.Caio ignorou completamente meu olhar inquisidor e se d
Caminhei até a beira da cama e olhei para Yarin de cima, com um sorriso cheio de intenções.— E então? Tem coragem de colocar algo no suco, mas não tem coragem de admitir?Chegou a hora de arrancar a máscara de falsa inocência dela.Yarin encontrou meu olhar por um instante, e pude ver o pânico passando por seus olhos. Mas, em questão de segundos, ela disfarçou com um sorriso fraco e fingiu confusão:— Irmã, o que você está dizendo? Eu não estou entendendo.Quer continuar se fazendo de desentendida? Um brilho frio passou pelos meus olhos.— Tudo bem. Vou explicar para você. Sobre aquele suco...Antes que eu pudesse continuar, Yarin me interrompeu bruscamente. Sua voz estava um pouco mais alta, como se quisesse desviar a atenção:— É verdade, usei frutas que não estavam muito frescas para fazer o suco. Foi isso que me fez passar mal.Ela juntou os dedos das mãos, como se estivesse nervosa, e olhou para os meus pais com a expressão de uma criança que acabou de cometer um erro.— Achei qu
— Resolveu voltar? — Theo disparou no momento em que me viu, com um tom cheio de sarcasmo. — Achei que você e Caio iam ficar fora por mais tempo.— Como é que você fala assim com sua irmã? — Meu pai o repreendeu.Meu pai lançou um olhar severo para Theo, que, a contragosto, recuou um pouco. Mas, mesmo assim, ele não conseguiu esconder sua insatisfação e retrucou:— Pai, é por causa da maneira como vocês sempre passam a mão na cabeça dela que ela se sente no direito de fazer o que bem entende! Não vou nem falar dela se encontrar com o Caio no meio da noite, porque isso é problema dela. Mas envenenar a Yarin? Isso não pode ser ignorado!Theo ficou cada vez mais exaltado, levantando-se de repente:— Daisy é sua filha, mas Yarin também é! Vocês vão esperar até que algo realmente grave aconteça para perceberem a gravidade disso?Minha mãe puxou Theo para que ele se sentasse e o pediu que se acalmasse. Então, ela trocou um olhar com meu pai, e ambos suspiraram profundamente ao mesmo tempo.N
Caio deu de ombros, despreocupado, e respondeu:— Ah, então, da próxima vez, não vou dizer a verdade.Theo parecia prestes a explodir de raiva. Incapaz de argumentar com Caio, ele girou o olhar furioso para mim e disse:— Daisy, você ainda nem se divorciou do Lúcio. Eu vou contar tudo para o papai e a mamãe. Por mais que eles te amem, não vão tolerar algo tão imoral assim!Depois de terminar sua ameaça, Theo saiu batendo os pés, deixando para trás eu, Caio e um silêncio desconfortável. Toda a boa disposição que eu tinha antes havia sido destruída por Theo.Suspirei e fui a primeira a quebrar o silêncio:— Theo é um lunático. Não dê atenção a ele. Vamos comer.Por um instante, minha mente voltou ao passado. Theo costumava ser um ótimo irmão, sempre me mimando e trazendo as melhores coisas para mim. Mas tudo mudou depois que Yarin atingiu a maioridade. Desde então, ele parecia ter se tornado outra pessoa.Sacudi os pensamentos. Reviver memórias antigas só trazia mágoas.Eu e Caio colocam
Os olhos de Caio eram profundos como um abismo sem fim, parecendo capazes de puxar qualquer um para dentro.Quando percebi que a nossa posição estava um tanto ambígua, tentei me afastar, mas, antes que pudesse fazer qualquer movimento, uma voz cheia de raiva ecoou atrás de mim:— O que vocês estão fazendo?Logo em seguida, senti uma mão forte agarrar meu braço, me puxando de Caio com força.Depois de me equilibrar, olhei para a pessoa à minha frente. Era Theo, com o rosto vermelho de raiva. Franzi as sobrancelhas e perguntei com irritação:— O que você está fazendo aqui?— Sou seu irmão. Não posso aparecer? — Theo olhou para mim e depois para Caio, sua voz ficando ainda mais alta. — Além disso, se eu não tivesse vindo, vocês dois iam acabar na cama, não iam?Ao ouvir isso, franzi ainda mais as sobrancelhas e, sem pensar duas vezes, sacudi o braço para me soltar. Respondi sem rodeios:— Você está maluco? O Caio só me segurou para eu não cair. Será que você pode parar de pensar tanta bes