Sem pensar duas vezes, recusei imediatamente:
— Não vou. Eu e a Yarin não nos damos bem. Se ela me ver, vai perder o apetite, assim como eu fico enjoada só de olhar para ela.
Antes que Lúcio tivesse chance de responder, aproveitei para pressioná-lo:
— Aliás, quando você tem tempo? Vamos resolver logo o divórcio. Tenho certeza de que, depois que nos divorciarmos, a “doença” da Yarin vai ser milagrosamente curada.
O tom de Lúcio transparecia irritação:
— Você está sendo ridícula. O que o nosso divórcio tem a ver com a Yarin? E, como já disse, sobre o divórcio...
Suspirei, interrompendo-o:
— Chega, não tenho paciência para ouvir suas desculpas. Segunda-feira, às dez da manhã, na porta do cartório. Não falte.
Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, desliguei o telefone.
Logo em seguida, ele ligou de novo. Sem hesitar, bloqueei o número. Resolvi que só iria desbloqueá-lo no dia de resolvermos o divórcio.
Com cuidado, abaixei a barra da calça para cobrir os curativos e subi as escadas