Enquanto eu ainda estava perdida em pensamentos, Caio já havia se levantado. Ele colocou o remédio e os curativos sobre a mesa e disse:
— Deixe isso aqui com você. Se não for suficiente, me procure para pegar mais.
— É suficiente, obrigada. — Respondi, desviando o olhar com um pouco de desconforto e mudando rapidamente de assunto. — Obrigada por me ajudar a carregar as coisas e cuidar dos meus ferimentos. Vou te convidar para um jantar qualquer dia desses.
Na verdade, eu já devia esse jantar há muito tempo. Se não fosse por ele, que arriscou a própria vida para me tirar daquele incêndio, eu provavelmente já estaria morta. E, se estivesse morta, nunca teria tido a chance de ver as verdadeiras faces daqueles que me cercavam. Essa dívida de vida, eu carregava comigo desde então.
Mas, pensando bem, um simples jantar nunca seria suficiente para retribuir o que ele fez por mim.
Caio assentiu, mas logo começou a fazer graça:
— Tudo bem, mas saiba que muitas pessoas querem me convidar para jan