Os olhos de Caio eram profundos como um abismo sem fim, parecendo capazes de puxar qualquer um para dentro.
Quando percebi que a nossa posição estava um tanto ambígua, tentei me afastar, mas, antes que pudesse fazer qualquer movimento, uma voz cheia de raiva ecoou atrás de mim:
— O que vocês estão fazendo?
Logo em seguida, senti uma mão forte agarrar meu braço, me puxando de Caio com força.
Depois de me equilibrar, olhei para a pessoa à minha frente. Era Theo, com o rosto vermelho de raiva. Franzi as sobrancelhas e perguntei com irritação:
— O que você está fazendo aqui?
— Sou seu irmão. Não posso aparecer? — Theo olhou para mim e depois para Caio, sua voz ficando ainda mais alta. — Além disso, se eu não tivesse vindo, vocês dois iam acabar na cama, não iam?
Ao ouvir isso, franzi ainda mais as sobrancelhas e, sem pensar duas vezes, sacudi o braço para me soltar. Respondi sem rodeios:
— Você está maluco? O Caio só me segurou para eu não cair. Será que você pode parar de pensar tanta bes