Cintia, uma mulher negra de beleza marcante, carrega consigo um passado enigmático e sombrio. vive fugindo de cidades, adotando novas identidades para escapar de algo que a assombra. Seu passado é um quebra-cabeça de segredos não revelados, traições e eventos que a forçaram a se esconder. As sombras que a perseguem são tão densas quanto a noite, e Cintia luta para manter sua verdadeira história oculta. Ela é astuta, resiliente e determinada a não ser vítima de seu passado. No entanto, quando Harris Davidson entra em sua vida, tudo muda, graças ao seu desejo obsessivo de tomar a presidência da Emperious. O contrato de casamento que ele propõe é mais do que uma aliança de conveniência; é uma oportunidade para desvendar os mistérios que a cercam. Os conflitos internos, as diferenças raciais e as armadilhas dos antagonistas tornam a jornada ainda mais desafiadora. Será que o amor verdadeiro pode florescer em meio a tantos segredos? Somente desvendando o mistério, eles encontrarão a resposta. Assim, a história de Harris e Cintia se desenrola, revelando não apenas o que está por trás das máscaras que usam, mas também a força que encontram um no outro.
Leer másCintia Sharapova
Chovia torrencialmente, as gotas grossas e implacáveis batiam no meu rosto, obscurecendo a minha visão. O caminho à frente era um borrão de escuridão e lama. A minha perna latejava, o machucado inflamado dificultando cada passo. Não havia alternativa senão continuar a correr, a determinação me impulsionando adiante. As luzes distantes da taberna eram minha única esperança; precisava ser forte para alcançá-las. Olhei para trás, mas não consegui mais avistar os meus perseguidores. Segui as luzes que candeiavam a estrada asfaltada, como faróis de salvação em meio à tempestade. A taberna se aproximava, um refúgio em meio ao caos. Ao entrar, fui recebida por uma agitação abafada de pessoas. O som das vozes e risadas se misturava com o tamborilar da chuva no telhado de zinco. Luzes dançantes projetavam sombras nas paredes de madeira, fazendo-me estremecer. A atmosfera era densa, carregada de segredos e histórias não contadas. Aproximei-me do balcão, as minhas roupas encharcadas gotejando no chão de tábuas. O bartender, um homem robusto com olhos cansados, não demorou a atender o meu pedido. “Uma garrafa de Tequila,” murmurei, a minha voz quase perdida na cacofonia do lugar. Ele serviu a bebida com eficiência, e eu segurei-a com firmeza, como se fosse um amuleto de coragem. Caminhei em direção ao balneário, seguindo as indicações que vi logo ao entrar. O corredor estava repleto de pessoas: marinheiros com olhos de ressaca, mulheres misteriosas envoltas em xales, e um grupo de bêbados ruidosos que quase me derrubou. O cheiro de tabaco e suor impregnava o ar, mas, surpreendentemente, o ambiente estava limpo, como se a própria taberna zelasse por sua reputação. Despejei a tequila ardente no meu joelho ferido, sentindo o líquido queimar como brasas. Resmunguei de dor, mas não podia parar. Foi então que ouvi o barulho estranho: uma mistura de gritos abafados e objetos sendo arrastados. O que estaria a acontecer nos recônditos daquela taberna? O meu coração acelerou, e eu soube que, mesmo ali, sob a chuva e os olhares curiosos, estava prestes, eram eles, meus perseguidores, tão próximos e ameaçadores quanto a tempestade lá fora. O que me aguardava nos recônditos daquela taberna? A dor latejava na minha perna, mas não havia tempo para fraqueza. Tapei a ferida com um trapo sujo e decidi sair do balneário. O ambiente mudara drasticamente. A taberna, antes abafada e enevoada, agora fervilhava de confusão. Eram eles, os homens que me perseguiam. Precisava escapar dessa armadilha. Um dos homens me notou. Os seus olhos, frios como aço, miraram-me. Ele estava pronto para disparar. Subitamente, alguém puxou-me, e caí no chão, protegida pelo balcão do bar. Olhei para meu benfeitor. Os seus olhos azuis cintilavam, e a sua expressão era uma mistura de determinação e surpresa. “Precisamos sair daqui,” disse ele, como se eu fosse uma criança em perigo. Ele não sabia nada sobre mim, presumindo que o seu ato heroico resgatava uma princesa em apuros. Sem esperar por sua atenção, atirei uma bola de fumo, obscurecendo a nossa posição. Virei-me para ele, puxando o seu braço. “Vamos,” sussurrei. Saímos correndo, sem rumo, pelo corredor. O instinto guiou-me até uma porta de emergência, e descemos as escadas, emergindo do outro lado da rua deserta. A minha ferida latejava, e ele notou. “Você está machucada, precisa ir a um hospital,” declarou, preocupação evidente nos seus olhos azuis. “Eu dou conta,” respondi, firme. “É aqui que nos separamos, príncipe.” Ele sorriu torto, um riso de escárnio. “Príncipe eu?” indagou, rindo. Os seus olhos ainda me intrigavam. “Adeus,” murmurei, dando-lhe as costas. Manquei com o objetivo de chegar a uma pensão qualquer. Mas algo estranho ecoava no ar. O meu instinto insistia para continuar, mas, O ruído que se desenvolvia lá atrás me fez recuar. Retrocedo, tudo graças a esse coração. Não foi por acaso que me meti nessa confusão toda. Lá está ele, ameaçado por dois homens. Eles devem ter visto que ele estava comigo. Enquanto estou escondida, tiro uma faca do meu bolso, e atiro em direção a um deles, e ele fica distraído em querer ver o machucado, e querer ver que direção veio o ataque. O outro homem parece confuso, tentando entender o que está acontecendo. É aí que saio do esconderijo e ataco: dou-lhe um pontapé no estômago. O príncipe, por sua vez, enfrenta o outro homem que já estava aleijado. Juntos, imobilizamos ambos. "Vamos antes que venham mais", digo, e ele segue-me. "É espantoso o que fez. Estou em dívida com você", diz ele. Ignoro-o completamente. "Aonde vamos? Tenho um quarto de hotel", acrescenta. "Vá para lá, então", respondo, mancando. "Não posso deixar-te sozinha nesse estado, após você ter salvo a minha vida", insiste ele, com sinceridade na voz. "Então siga-me sem comentar nada", ordeno, e ele obedece. Entramos numa pensão. O bom das pensões é que ninguém se mete na sua vida. Pouco se importam se você está aleijado ou não, ou como obteve o machucado. No hotel, seria diferente; eles nos descobririam. A pensão, com a sua atmosfera desgastada e paredes finas como papel, parecia um refúgio improvável para o príncipe Charme e eu. A atendente, com um sorriso cansado, nos informou: "Só temos um quarto disponível." Olhei para o príncipe e, com um tom de sinceridade, disse: "Esse lugar não tem nada a ver contigo." Queria que ele abandonasse a sua fachada heroica e buscasse o conforto que merecia. Mas ele não hesitou. Olhou diretamente para a atendente e declarou: "Então queremos esse quarto." Subimos as escadas íngremes, que pareciam se estender até o infinito, e entramos no quarto. Era típico de uma pensão: móveis desgastados, cortinas desbotadas e um cheiro de história impregnado nas paredes. Vi a expressão de desconforto no rosto do príncipe charme. Enquanto ele se acomodava, eu fui direto à casa de banho para cuidar da minha ferida. Liguei o meu celular e deparei-me com a última mensagem de Kovalenco: "Não sairá viva dessa cidade. Entrega-te, Cintia. Colocamos a sua cabeça a prémio." Terminei de ler e joguei o cartão na pia. Fechei a ferida e, ao sair, encontrei o príncipe sentado em uma das camas, como se me esperasse. "Ainda acordado?" perguntei. Ele sorriu. "Queria ter certeza de que está tudo bem. Afinal, você é minha salvadora, e devo-lhe por isso." Brinquei: "Até mesmo me arranjar uma maneira de sair desta cidade?" Os seus olhos não desviaram dos meus. "Tenho um jato. Posso levar-te para onde quiser." "É mesmo? Então preciso sair amanhã cedo." A minha mente estava alerta, e a dor na perna deixava-me trémula. Ele concordou: "Perfeito. Farei algumas chamadas pela manhã assim que encontrar meu celular." "Fechado", respondi, deitando-me na cama ao lado. Tentei fechar os olhos, mas a ideia de homens me procurando-me mantinha acordada. Olhei para o príncipe, que também estava desperto, e decidi tentar dormir novamente, ignorando a tensão no ar. [...] O sol incide diretamente na minha fronte, e ao abrir os olhos com cautela, percebo com maior nitidez que este quarto não é tão asqueroso como parecia ontem. Talvez eu já esteja acostumada. O ambiente está envolto em silêncio, e a pergunta surge: onde estará o príncipe charme? No criado-mudo, encontro um bilhete com uma caligrafia elegante, prometendo que ele voltaria e saiu em busca de um celular. Decido lavar-me e cuidar da minha ferida enquanto espero por ele. Para minha surpresa, ele retorna mais rápido do que imaginei. A porta se abre, e, inicialmente, penso que poderiam ser meus perseguidores, mas logo lembro dele. Ele está bem vestido, carregando sacolas. É um homem alto, com cabelos loiros lisos e olhos da cor dos céus. A sua presença é cativante, e me pergunto se será o efeito da ferida. "Eu trouxe café, medicamentos para aliviar a dor e roupas. Temos pouco tempo; o meu carro e o jato estão à espera", diz ele, olhando para o relógio. "Muito obrigada", sussurro sem jeito. Ele é, de fato, meu príncipe charme, mesmo que não tenha chegado montado num cavalo branco. Visto as roupas que ele trouxe: uma camisa de linho e uma calças jeans da marca Mamacita. Surpreendentemente, o tamanho é perfeito, algo raro para minhas curvas. Olho-me no espelho, o meu rosto negro oval sem maquiagem. Sinto-me horrível, mas tento arrumar os meus cabelos cacheados e volumosos. Saí da casa de banho e encontrei-o dando voltas pelo quarto, falando ao celular. Ele fez um gesto com a mão, indicando a saída. O céu estava nublado, e o vento soprava forte. À nossa frente, um Mercedes preto estava estacionado, e dele saiu um homem de terno para abrir a porta. Ainda no celular, ele parecia entediado e preocupado com algo. Finalmente, chegamos ao heliporto, e ele desligou o celular. Entramos no jato, e percebi que ele estava desconfortável. Tentei quebrar o gelo: "Aliás, qual é o seu nome?", perguntei, buscando mudar o clima. "Eu confesso que gostei do apelido 'príncipe'", disse ele, finalmente sorrindo. Os seus dentes eram perfeitos, como se tivessem sido esculpidos pelos deuses. "Príncipe, o meu é Cintia", respondi, estendendo a minha mão. "Harris. Foi um prazer", disse ele, apertando a minha mão com firmeza. "Para onde você quer ir?", perguntou. "Bongavielle", afirmei. Escolhi essa cidade calma, onde muitos emigrantes conseguem se destacar. Assim que estiver estável, planeio ir para um lugar bem distante. "Certo, estamos próximos", disse ele. Novamente, voltou ao seu computador portátil. Esse homem parecia triste. Acabei adormecendo, exausta pela noite difícil que havia mudado a minha vida para sempre. Acordei com alguém me agitando. Abri os olhos e deparei-me com o rosto angelical do príncipe Charme. "Chegamos a Bongavielle", anunciou. O meu coração apertou, como se eu não quisesse ir embora, mas sim ficar com ele. "Certo", respondi, levantando-me. Ele fez o mesmo. Fui surpreendida com um abraço. "Até a próxima, minha salvadora", sussurrou. "Até um dia, príncipe Charme", disse, enquanto ele sorria e observava-me partir…Cintia Sharapova (Aneth Ferão)Eu estava pronta para o jantar quando recebi a informação de que Harris já estava em casa. Não queria ele perto de mim por nada. Respirando fundo, saí do quarto e me dirigi até a sala, onde o vi. Ele estava bonito como sempre, mas seu olhar denunciava preocupação. Mantive minha expressão indiferente. "Alguma notícia deles?" perguntei, referindo-me aos convidados que pareciam atrasados. "Ele ligou a tempo, disse que estavam a caminho," respondeu Harris, tentando soar tranquilo. "Perfeito. Vou mandar servir a mesa," disse, virando nos calcanhares para sair. "Precisamos falar..." ele disse, a hesitação evidente na sua voz. "Eu acho que estamos preocupados com o jantar," interrompi. Justamente nesse momento, a campainha tocou. Agradeci a Deus em silêncio; não queria ouvir mais nenhuma palavra dele.A pressa em me afastar de Harris era evidente. Então fomos juntos receber os convidados da noite. O Administrador estava acompanhado de sua filha, uma
Cintia Sharapova (Aneth Ferrão Davison) Levanto rapidamente, ansiosa para ouvir em primeira mão para quem a mulher que tentou me difamar trabalha. As perguntas fervilhavam na minha mente enquanto me movia apressadamente. Entro no chuveiro, sentindo a água quente relaxar meus músculos doloridos por causa da noite passada. Cada gota de água parecia aliviar um pouco do cansaço, mas minha mente estava ocupada demais para realmente relaxar.Ao sair do chuveiro, percebo que o relógio avançou mais do que eu imaginava. Acordei tão tarde que sabia que chegaria muito tarde ao escritório Peguei um terno preto elegante, sabendo que precisava de algo que transmitisse confiança e profissionalismo. Vesti-me rapidamente, ajustando a roupa no corpo para garantir que estava impecável. Em seguida, fui para o espelho e comecei a fazer uma maquiagem escura. O delineador preto realçou meus olhos, dando-me um olhar decidido e intenso. A base e o batom escuro completaram o visual, proporcionando-me a c
Cintia Sharapova (Aneth Ferrão) Não sei se é do sono ou do desejo que me consome, mas a verdade é que anseio por este momento há uma eternidade. Passei a tarde toda em devaneios, imaginando como ele poderia me tocar, se será romântico ou selvagem, eu estou disposta a ser sua submissa. Fecho os olhos, entregando-me por completo ao toque suave de seus dedos. Ele traça um caminho de fogo desde meu lábio inferior, descendo pelo pescoço até o meu peito, onde a explosão é iminente. A expectativa me tortura, mas ao mesmo tempo me excita. Ele para, bem no centro do meu peito, e meus mamilos se endurecem em antecipação, só de pensar que ele vai aperta-los mas não, ele para. "Abre os olhos Aneth, quero que vejas como estou desejo para te comer. Espero que amanhã não vás trabalhar muito cedo, estou desejoso para te possuir de todas as maneiras possíveis ". ele pede, a voz rouca como um sussurro. Consigo sentir o fogo nas suas palavras. Relutante, abro os olhos e me deparo com um olhar
Harris Davison Eu não devia ter lhe tocado. Era suposto termos brigado, mas eu não consegui resistir. Estar perto dela e não tocá-la era impossível. Ela estava tão bonita, minha vontade era de arrancar aquele vestido. Cada movimento dela me hipnotizava, e a tensão entre nós era palpável. O desejo era mais forte do que qualquer razão, e naquele momento, tudo o que importava era a proximidade e o toque. Ah tenho que me concentrar no trabalho, e Lori entra agora na minha sala. "O senhor Cleiton ligou, disse que está a caminho da cidade," ele informou. Balancei a cabeça, lembrando-me repentinamente do meu esquecimento. "Pois, eu havia me esquecido o celular aqui. Eu vou levá-lo no aeroporto pessoalmente," respondi, sentindo a urgência da tarefa. "Ah, a propósito, a senhora Aneth me pediu acesso para encontrar a mulher, e eu dei," con
cintia Sharapova (Aneth Ferrão) "O que vem a ser isso?" pergunto para ele, que me olha de um jeito muito estranho. Sua expressão é enigmática, como se estivesse planejando algo que eu ainda não conheço. "Precisamos conversar," ele diz, a voz firme mas com um tom que revela algo mais profundo. Sinto uma mistura de apreensão e curiosidade crescer dentro de mim. "Conversar sobre o quê? Pensei que esta reunião era com o conselho," respondo, tentando manter a compostura enquanto meu coração acelera. Harris se levanta e se aproxima lentamente, seus olhos fixos nos meus. "Sobre o fato de você ter tentado me envenenar". Ele diz e Eu fico espantada com a revelação e não consigo me conter me gargalho. "Se Eu tivesse te envenenado acredite seria muito b
Lara Fernandes Algumas horas antes. Aquela mulher é petulante. Ela tinha mesmo que atrapalhar o meu almoço com Harris. Isso não vai ficar assim. O pior de tudo é que eu não sei se o meu plano deu certo. Só há uma pessoa que pode dizer-me, o Lori, mas ele é fiel ao Harris. Sigo para o meu escritório, a mente ainda fervilhando de raiva e frustração. A cada passo, tento encontrar uma maneira de descobrir o que está acontecendo sem levantar suspeitas. Preciso de informações, e preciso delas rapidamente. Enquanto organizo meus pensamentos, derepente fico pasmada ao receber uma chamada inesperada. O nome que aparece na tela do meu celular me faz gelar por um momento: a hospedeira. "O que você quer? Eu falei para que não me ligasse, que eu iria fazê-lo," digo para ela, minha voz carregada de impaciência e irritação. "Senhora, é urgente, por isso
Último capítulo