Caminhei até a beira da cama e olhei para Yarin de cima, com um sorriso cheio de intenções.
— E então? Tem coragem de colocar algo no suco, mas não tem coragem de admitir?
Chegou a hora de arrancar a máscara de falsa inocência dela.
Yarin encontrou meu olhar por um instante, e pude ver o pânico passando por seus olhos. Mas, em questão de segundos, ela disfarçou com um sorriso fraco e fingiu confusão:
— Irmã, o que você está dizendo? Eu não estou entendendo.
Quer continuar se fazendo de desentendida? Um brilho frio passou pelos meus olhos.
— Tudo bem. Vou explicar para você. Sobre aquele suco...
Antes que eu pudesse continuar, Yarin me interrompeu bruscamente. Sua voz estava um pouco mais alta, como se quisesse desviar a atenção:
— É verdade, usei frutas que não estavam muito frescas para fazer o suco. Foi isso que me fez passar mal.
Ela juntou os dedos das mãos, como se estivesse nervosa, e olhou para os meus pais com a expressão de uma criança que acabou de cometer um erro.
— Achei qu