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Capítulo 3 Assine Logo o Acordo de Divórcio
Naquela vez, Lúcio e Theo chegaram juntos, arrombaram a porta e invadiram o local. Assim que entraram, eu imediatamente revelei a verdadeira face de Yarin. Disse que tinha sido ela quem havia provocado o incêndio e que queria me matar.

Mas ninguém acreditou em mim. Lúcio me empurrou para o lado e, junto com Theo, correu para salvar Yarin primeiro.

Por causa da queda contra a parede, torci o tornozelo e não consegui sair a tempo. Quase fiquei desfigurada pelas chamas.

Por muito pouco, sobrevivi. Fui resgatada por outra pessoa. Meu rosto foi preservado, mas meu braço e minha coxa ficaram marcados por cicatrizes de queimaduras.

Quando a polícia investigou o incêndio, apontei Yarin como culpada. Mas tanto Lúcio quanto Theo insistiram que eu estava delirando por causa do trauma das queimaduras e defenderam Yarin com unhas e dentes na delegacia.

Sem provas suficientes, Yarin escapou impune e ainda apareceu em meu quarto de hospital, cheia de arrogância. Ela me disse que o marido que eu tanto amava e o irmão que sempre confiei já haviam me abandonado. E que, no futuro, as ações da empresa e meus pais também seriam todos dela.

Ao lembrar dessas memórias, senti uma dor profunda e fechei os olhos com força.

Lúcio, visivelmente impaciente, detestava quando eu ficava irritada. Ele me olhou com uma expressão sombria e disse, com a voz carregada de cansaço:

— Daisy, você sabe que eu não tenho muita paciência. Eu trabalhei, tive compromissos e estou exausto agora. Não tenho tempo para discutir com você. Se continuar assim, só nos resta o divórcio. Se não quer se divorciar, comporte-se.

Ele realmente estava me ameaçando com o divórcio? No passado, talvez isso funcionasse. Mas agora, suas palavras apenas se alinhavam perfeitamente com os meus planos. De repente, curvei os lábios em um sorriso e respondi:

— Tudo bem. Vamos nos divorciar.

— O quê? — Lúcio ficou atordoado, com a expressão de quem achava que tinha ouvido errado.

Peguei no criado-mudo o contrato de divórcio que já havia preparado e o entreguei a Lúcio.

— Eu disse que concordo com o divórcio. Quanto à divisão de bens, não precisa se preocupar. Tudo o que adquirimos antes do casamento continuará separado. Não quero um centavo do que ganhamos depois. Vou sair de mãos vazias. Só preciso que você assine.

Sorri enquanto lhe entregava a caneta de forma gentil.

Lúcio olhou para o contrato de divórcio com uma expressão indecifrável. Sem nem ler, ele de repente amassou o papel em uma bola e o jogou longe. Então, ele segurou meu braço, me empurrou para o colchão e me prendeu sob seu corpo. Seus olhos ardiam de raiva.

— Daisy, você ficou louca? Como ousa falar em divórcio comigo?

Olhei para o rosto bonito dele e me senti momentaneamente atordoada. Lúcio e eu tínhamos um compromisso desde jovens, mas foi por iniciativa minha que nosso relacionamento começou.

Desde pequena, eu sempre corria atrás dele. Quando minha adolescência trouxe as primeiras emoções do amor, percebi que gostava de Lúcio. Então, fui em frente e busquei com determinação o que acreditava ser o amor da minha vida.

Finalmente, na época da universidade, consegui realizar meu sonho. Lúcio tornou-se meu namorado, e nos casamos poucos anos após a formatura.

Eu me dediquei completamente a esse relacionamento. Apesar de Lúcio ser mais frio por natureza, ele costumava ceder aos meus caprichos e atender aos meus pedidos sem questionar. Achei que isso era amor.

Mas tudo mudou quando o vi cuidando de Yarin com tanto cuidado, com um olhar cheio de sorrisos para ela. Foi ali que percebi, como se tivesse acordado de um sonho, que Lúcio nunca me amou de verdade.

Todos sabiam o quanto eu amava Lúcio. Estavam convencidos de que eu jamais o deixaria.

Não eram apenas os outros que pensavam assim. O próprio Lúcio acreditava nisso. E foi por isso que ele se sentiu à vontade para me machucar sem medo.

Na vida passada, quando perdi nosso filho em um aborto, Lúcio estava soltando fogos de artifício para Yarin. No nosso aniversário de casamento, ele usou a desculpa de uma viagem de negócios para ir à praia com ela.

Quando minha família faliu e meu pai faleceu, implorei para que ele desistisse de adquirir nossos bens. Mas ele respondeu que era o preço que eu deveria pagar por ter machucado Yarin.

As memórias dolorosas da última vida ainda estavam frescas em minha mente. Eu sentia tanto ódio que desejava poder destruí-lo. Não havia mais nenhum sentimento de afeto por ele.

Olhei para ele e soltei um sorriso provocador:

— O quê? Você pode pedir o divórcio, mas eu não?

Lutei para me livrar do aperto dele e disse:

— Assine logo o contrato de divórcio. Vamos terminar isso de forma civilizada.

Após minhas palavras, o rosto de Lúcio ficou ainda mais sombrio.
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