O pai biológico a ignorava, a madrasta a maltratava, e Karina, sem saída, foi forçada a se casar com o nobre Ademir Barbosa, da Cidade J! No dia do casamento, seu marido descobriu que ela havia perdido a virgindade antes da união, e a julgou como uma mulher de moral dissoluta e vida desregrada. Após dez meses de gravidez, Karina deu à luz, assinou os papéis do divórcio e saiu de casa sem nada, desaparecendo sem deixar rastros. Anos depois, Karina voltou para a Cidade J, acompanhada de uma criança. - Sr. Ademir, ouvi dizer que o senhor está precisando de um médico particular? Ademir, muito satisfeito, respondeu: - Você está contratada. Diziam por aí que o Sr. Ademir não tinha esposa, não precisava de amante, mas dedicava um imenso carinho à sua médica particular, tratando o filho dela, cujo pai era desconhecido, como se fosse seu próprio filho.
Leer másEssa pergunta foi tão repentina que causou uma grande surpresa.Os olhos de Ademir se arregalaram, e sua mente ficou em completo turbilhão. Como ele deveria responder a isso?— Tio? — Joyce ainda o olhava com aquela expressão infantil e cheia de expectativa.Ademir, sem saber o que fazer, só podia se prender à primeira resposta que veio à sua mente.— Um papai é como uma mamãe. Todo filho que chega a esse mundo precisa de mamãe e de papai.Mas o que isso significava?Joyce ainda não conseguia entender.— A Joyce também tem um papai, não tem?Ademir engoliu em seco, sem saber se deveria ou não confirmar.— Sim.Essa explicação deixou Joyce ainda mais confusa.Ademir não conseguiu se segurar e soltou uma risada, passando a mão pelos cabelos dela.— Por que você está me perguntando isso, Joyce?“Será que está com saudades do papai?”Ademir nem sabia o que Karina havia dito para Joyce sobre o pai.— Porque... — Joyce franziu a testa, como se estivesse tratando Ademir como um amigo, sem esc
— Esta pequena bolinha fofa é a Joyce, não é?Júlia olhou para a pequena bolinha fofa nos braços de Karina, seus olhos cheios de carinho.Esfregando as mãos, ela perguntou:— Eu posso... Posso dar um abraço?Karina, também sem saber ao certo, se abaixou e perguntou para Joyce:— Joyce, a vovó quer te dar um abraço, pode ser?Joyce piscou os grandes olhos e olhou para Júlia.Ela podia sentir que a vovó à sua frente não era uma pessoa má.Com os braços abertos, ela se esticou em direção a Júlia.Júlia ficou muito feliz e a abraçou.A emoção foi tão grande que ela quase deixou as lágrimas caírem.Aquela pequena bolinha fofa, além de bonita, também era muito inteligente.Se ao menos, naquela época, ela não tivesse impedido o filho e Karina, forçando-os a se separarem, agora, provavelmente, teria uma neta assim, com a mesma idade.Era tudo culpa dela, afinal.— A vovó vai levar a Joyce para brincar no jardim, comprar doces para ela, o que acha?Joyce não ousou responder sozinha e olhou para
Após desligar o telefone, Karina continuou observando Joyce comer.Não demorou muito para que alguém chegasse.— Com licença, Dra. Costa. — Stéphanie disse, um pouco envergonhada. — Me desculpe, eu não sabia que você era médica, por isso pedi para você me ajudar antes.Karina ficou surpresa. "Foi a Maia que contou a ela?"Stéphanie sorriu e balançou a cabeça:— Não tem problema, só estava ajudando com uma coisa pequena.— Então você não ficou brava? — Os olhos de Stéphanie brilharam.— Claro que não fiquei brava.— Que bom! — Stéphanie parecia muito feliz e, com entusiasmo, pegou a mão de Karina. — Mas ainda assim, eu não fiz a coisa certa. Posso te convidar para jantar? Ou, quem sabe, comprar um presente para você?— Não precisa... — Karina se sentiu um pouco perdida, tamanha era a empolgação de Stéphanie.— Tem que ser, sim! Senão eu vou me sentir muito mal...— Mamãe. — Joyce, que já tinha terminado de comer, correu até Karina e puxou a barra de sua calça. — A Joyce está satisfeita
— Me dá um pouco de gelo.— Claro.Karina pegou o copo, escondendo um sorriso. Esse hábito era igual ao de Ademir.Ela colocou bastante gelo no copo e o entregou novamente a Stéphanie.Na porta da cozinha, Ademir desceu e, ao ver a cena, franziu a testa, mas não disse nada.— Ademir, você acordou! — Stéphanie imediatamente o puxou para se sentar.Nesse momento, Maia, que havia jogado o lixo fora, também voltou.— Sr. Ademir, vai tomar café da manhã?Ademir acenou com a cabeça.— Claro.Maia estava preocupada. De repente, havia mais uma pessoa, e o café da manhã não foi preparado o suficiente.Mas Karina cedeu a sua própria porção para ela, e a Srta. Stéphanie, realmente, estava dando um trabalho!Vendo Maia com a expressão zangada, Karina sussurrou:— Não tem problema, vou comer um sanduíche mais tarde. Os convidados do senhor são mais importantes.— Vou fazer para você agora.— Obrigada, Maia.No entanto, Maia, irritada, não trouxe talheres para Stéphanie.Stéphanie ficou surpresa e a
Logo pela manhã, Karina acabava de ferver o remédio pela segunda vez, adicionando mais água, quando começou a ferver a terceira.O toque da campainha soou.Maia estava ocupada e perguntou:— Dra. Costa, pode me fazer um favor?— Claro. — Karina respondeu, indo até a porta.A fragrância suave de algo delicioso invadiu o ar. Era Stéphanie.— Olá, é você. — Stéphanie sorriu brevemente, se lembrando de Karina, mas não fez muitas perguntas. — O Ademir já acordou?— Não sei... — Karina balançou a cabeça honestamente.— Então, eu vou procurá-lo! — Stéphanie sorriu, entrando diretamente na casa.A familiaridade com o local fazia parecer que estava em sua própria casa.Stéphanie caminhou direto para o quarto.O ambiente estava escuro, e claramente Ademir ainda não havia acordado.— Como ainda está dormindo? — Stéphanie deu dois passos à frente e puxou o cobertor de uma vez. — Ademir! Acorda, está na hora de levantar!Ao mesmo tempo, ela ligou a luz.Ademir, despertado de repente, franziu a test
Sem que Karina precisasse dizer algo, ele se deitou, de maneira muito consciente.Karina abriu o saco de acupuntura e começou a aplicar as agulhas:— Sr. Ademir, está sentindo alguma coisa?Ademir, com os olhos semifechados, respondeu:— Dentro do estômago, parece estar bem aquecido.— Isso significa que está funcionando. — Karina sorriu brevemente. — Hoje, vamos deixar por meia hora.— Certo.Depois de aplicar as agulhas, Karina permaneceu ao lado, vigiando.Depois de um momento de reflexão, ela começou a falar devagar:— Sr. Ademir, o presente que você deu à Joyce hoje foi muito caro.Ademir virou a cabeça e a olhou. Essa conversa novamente.— Foi? — Perguntou ele.— Foi. — Karina assentiu. — Para você, aquele presente é barato, mas para nós, mãe e filha, ele é realmente caro.Karina havia pesquisado no celular pouco antes, e soube que a tiara de criança de marca, embora fosse apenas uma peça pequena, mesmo sendo apenas cristais pequenos, custava uma pequena fortuna.— O que você est
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