O sol já começa a nascer, tingindo o céu de tons suaves, e continuo deitada no sofá. Já tomei duas xícaras de chai, e agora apenas espero Kabir voltar.
Imagino como ele deve estar lidando com tudo isso. Imagino o medo, a insegurança... Mas nunca o abandonaria. Não agora. Nem nunca. Mesmo conhecendo a verdade, mesmo sabendo o que Bennet passou.
Amo Kabir. Amo com a mesma intensidade, talvez mais, do que um dia amei Bennet. Sou uma mulher feliz e realizada, e muito disso devo ao homem que escolheu caminhar comigo, mesmo carregando as sombras do meu passado.
Foi Kabir quem me amparou, quem esteve ao meu lado em cada conquista, em cada recomeço. E assim que ele entrar por aquela porta, eu vou reafirmar esse amor. Não deixarei espaço para dúvidas. Agora podemos, enfim, seguir em frente. Em paz. Sem medo. Convivendo com os Huxley apenas pelo tempo necessário, apenas até o projeto terminar.
Ouço o carro estacionando na garagem subterrânea e me ajeito no sofá. Meu véu está dobrado no encosto,