Capítulo 147

POV Niyati

Acordei no dia da prova final com o coração em conflito. O luto era uma presença física, quase palpável, sentada ao meu lado na beira da cama. Cada movimento parecia mais difícil, como se eu carregasse junto o peso da ausência do vovô Conrad.

Levantei devagar, sentindo os pés frios tocarem o chão. Fui até o espelho e encarei meus olhos vermelhos, inchados por noites mal dormidas. Peguei a escova e penteei o cabelo de forma mecânica, me lembrando de quantas vezes ele dizia que eu ficava “ainda mais parecida com sua mãe” quando prendia o cabelo para estudar.

Vesti a camisa branca com a mão trêmula. O tecido, tão simples, parecia pesado demais naquele dia. Na cozinha, preparei o café quase no automático, a colher batendo na xícara num ritmo cansado. O aroma se espalhou pelo ambiente vazio, mas não consegui dar um gole. A xícara ficou ali, intacta, como prova do que faltava: ele não estava sentado na poltrona, lendo o jornal, nem levantou o olhar para me desejar boa sorte.

O si
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