Amélia continuava dividida. Entre o ressentimento que queimava dentro dela e a lembrança das palavras duras que Maxin havia pronunciado, ela tentava manter uma barreira em seu coração. Dormia no quarto de hóspedes, fugia dos olhares dele nos corredores da mansão e evitava qualquer proximidade física. Mas, por mais que tentasse se enganar, o corpo dela ainda ardia quando lembrava das noites em que ele a possuía com intensidade quase brutal, como se quisesse marcar sua alma.
Maxin, por outro lado, estava no limite. Cada vez que a via passando por ele, de cabeça erguida, com aquela frieza que antes só ele conseguia quebrar, o mafioso sentia uma pontada de dor e desejo. Ele se odiava por tê-la machucado, por duvidar dela e por abrir espaço para Giovanni se aproximar. Agora, tudo o que ele queria era trazê-la de volta para si, custasse o que custasse.
Naquela noite, Maxin tomou uma decisão. Não suportava mais a distância. Não suportava mais vê-la escondida atrás de uma barreira de orgulho