O silêncio da madrugada era cortado apenas pelo som ritmado do relógio no quarto. Amélia estava deitada, mas seus olhos permaneciam abertos, fixos no teto. Maxim dormia ao seu lado, o braço forte enlaçado em sua cintura, como se quisesse protegê-la até mesmo em sonhos. O calor do corpo dele e a respiração profunda traziam conforto, mas a mente dela não parava.
Desde o jantar na mansão, a imagem de Laís com os olhos marejados de felicidade não saía de sua cabeça. A amiga irradiava luz, e Nikolai — aquele homem frio, temido até pelos próprios aliados — parecia outro. Amélia nunca o tinha visto tão entregue, tão humano. Havia ternura em cada gesto, orgulho em cada olhar.
E Maxim… o coração de Amélia apertou só de pensar. Quando ele dissera que também queria viver aquilo de novo, não fora apenas um comentário solto. Ela conhecia o marido como ninguém. A intensidade em seus olhos, a vulnerabilidade que raramente mostrava, tudo aquilo revelava o quanto o desejo era verdadeiro.
Ela se virou