Amélia girou nos saltos, pronta para deixar o restaurante para trás, pronta para enterrar aquele jantar em sua memória como uma imprudência perigosa. Mas antes que pudesse dar dois passos, sentiu uma mão firme segurar seu braço.
— O quê…? — começou a protestar, virando-se, mas não teve tempo de terminar a frase.
Giovanni a puxou com força calculada, sem violência, mas com intensidade suficiente para quebrar qualquer resistência. De repente, ela estava contra o peito dele, tão próxima que o perfume amadeirado a envolveu por inteiro, sufocando-lhe os sentidos.
E então, aconteceu.
Os lábios dele tomaram os dela com um ardor inesperado, quente, cheio de desejo e ousadia. Não foi um beijo delicado, tampouco uma carícia roubada. Foi uma invasão, um choque de mundos. Giovanni a dominava com a boca, como se quisesse marcar território em um lugar onde sabia que não pertencia.
Amélia tentou recuar, mas por um segundo sua mente entrou em colapso. O corpo não respondia como deveria. Seus dedos se