Maxin
A noite caiu silenciosa no sítio, mas dentro do galpão antigo nos fundos, o ambiente era tudo menos calmo. A única lâmpada pendurada no teto lançava uma luz trêmula sobre os dois homens amarrados nas cadeiras de ferro. Eles estavam machucados, sujos e ainda atordoados. Mas Maxin e Nikolai não demonstravam pressa. Eles sabiam que o medo era a melhor introdução para a verdade.
— Vamos começar? Nikolai perguntou ao tirar o casaco e arregaçar as mangas. Havia um leve brilho selvagem em seus olhos.
Maxin pegou uma cadeira de madeira e se sentou de frente para o primeiro homem. Com calma, quase ternamente, ele disse:
— Vocês foram atrás da minha mulher. Vocês tentaram levar a mãe do meu filho.
O silêncio pairou no ar por alguns segundos antes de ser rasgado por um soco preciso no estômago do capanga, que arfou alto, cuspindo saliva.
— Quem mandou vocês?
O homem hesitou, engolindo em seco. Nikolai, que estava atrás dele, pressionou a lâmina de uma faca contra sua orelha esquerda.
— R