O silêncio da noite era traiçoeiro.
No interior da mansão Sokolov, tudo parecia calmo demais. Benjamin e Helena dormiam em seus berços, enquanto Laís e Amélia assistiam em silêncio às imagens das câmeras de segurança, sentadas lado a lado na sala de vigilância.
— “Nada até agora,” murmurou Laís, apertando o cabo da arma. — “Tem certeza de que ele vai vir?”
— “Tenho. Sergei não resistiria à oportunidade de atacar com Maxim e Nikolai longe.”
Amélia não piscava. O olhar dela estava afiado, a expressão endurecida. Ela não era mais a mesma mulher que chorava no escuro. Agora, ela era mãe, e isso fazia dela uma fera.
Horas antes, um informante suspeito havia passado uma coordenada onde, supostamente, Sergei estaria escondido. Maxim e Nikolai partiram com uma equipe inteira. Era a chance perfeita… ou uma armadilha perfeita.
E Amélia sabia exatamente qual das duas eras.
— “Você o conhece melhor que ninguém,” disse Laís. — “Se ele tentar alguma coisa...”
— “Eu mato com minhas próprias mãos.”
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