Três meses haviam se passado desde o nascimento do pequeno Benjamin. A mansão agora exalava vida e novos sons. Choros, risadas infantis, passos apressados pelos corredores. Era um lar com cheiro de bebê, com lençóis lavados ao sol, brinquedos espalhados e mamadeiras esquecidas em cima da mesa da sala.
Amélia e Laís viviam entre fraldas, amamentação e noites mal dormidas, mas seus corações estavam cheios. A maternidade as transformara. Haviam perdido o medo de amar profundamente. Tinham motivos agora que iam além de si mesmas — e dariam tudo para proteger esses motivos.
Laís passava as tardes na varanda com Helena adormecida nos braços, enquanto Benjamin ressonava no berço ao lado, sob a vigilância atenta de Amélia, que agora já se erguia com firmeza, sem tremores, sem hesitação.
Amélia tinha se tornado uma forte, nem mesmo as lembranças de Sergei abalava ela.
O sol já estava alto quando Amélia entrou na sala de treinamento da mansão, vestida com roupas esportivas pretas, cabelos pres