A escolha não era realmente uma escolha. O hangar em Praia Grande era um alvo estratégico, o coração logístico da operação de Fournier. Mas era um alvo estático. Poderia ser vigiado, planejado, atacado em um momento de sua escolha. O iate, no entanto, era uma oportunidade. Um evento com hora marcada, uma reunião de serpentes que se dispersaria com o nascer do sol. Era uma janela que se fecharia em poucas horas.
— É o iate — disse Gabriel, a decisão finalizando uma conversa silenciosa que ele tivera consigo mesmo. A mensagem de texto que ele enviou para Lara e Marina foi curta e direta. “O ‘artista’ vai dar uma ‘festa’ no barco. Precisamos de uma ‘vista’ melhor. Aluguem um barco pequeno para um ‘passeio noturno’. Encontro vocês na Marina do Guarujá em duas horas.”
O plano era audacioso e beirava a imprudência.
Enquanto Gabriel fazia seu caminho de Santos para o Guarujá, usando uma série de ônibus circulares e uma balsa para evitar qualquer trilha digital, Lara e Marina colocavam sua pa