O sol da manhã derramava uma luz dourada sobre o jardim memorial, banhando as rosas brancas em uma pureza que parecia zombar da escuridão nos corações dos dois homens. Diante de Gabriel, Silas Montenegro não era o dragão que ele imaginara, mas um rei cansado de seu trono de ossos, pedindo por um fim. A oferta dele era a vitória absoluta, a liberdade de Lara, o “final feliz” que parecia um sonho impossível. E o preço era a alma de Gabriel.
A voz de Lara soou em seu ouvido, um fio de pânico vindo de um mundo distante. — Gabriel, o que está acontecendo? Responda!
Ele olhou para Silas, o dedo pairando sobre o gatilho, o peso do mundo naquela pequena pressão. Matá-lo. Seria fácil. Seria o fim da guerra. Ele se tornaria o Executor para destruir o Executor. O ciclo de violência se completaria nele. Ele se lembraria para sempre não como o homem que salvou Lara, mas como o homem que executou um velho indefeso em um jardim.
E ele pensou na promessa que fizera a Lara na noite anterior. Em um fut