Quando a vitória não basta para acalmar o coração.
LEONARDO CASSANI
Desliguei o telefone e fiquei alguns segundos encarando o silêncio.
A voz do meu pai ainda ecoava na cabeça.
> “O Vittório veio, tentou sequestrar a Noêmia... e acabou. Não existem mais Bianchis.”
“Perfeito, pai. Não existe mais Sabino. Todo o império caiu. Meu irmão foi vingado.”
“Não, Leo… Vittório reafirmou que não foi ele quem matou o Lorenzo. Precisamos fechar essa brecha.”
Fechar a brecha.
Palavras simples, mas que pesavam como chumbo.
Porque no fundo, eu sabia — nenhuma vitória é completa quando o sangue da família ainda pede respostas.
Respirei fundo e chamei o piloto.
— Rota imediata para a Inglaterra.
— Senhor, quer que avise ao bunker?
Balancei a cabeça.
— Não. Sem aviso. Eu quero ver tudo com meus próprios olhos.
O piloto correu para preparar o jato, e eu fiquei parado ali, com o telefone ainda quente na mão.
O vento da noite batia no hangar, e por um instante, me dei conta do cansaço.
Não era físico — er