Quando o desejo fala mais alto que a razão
LEONARDO CASSANI
A raiva me subiu em ondas, mas me contive. Queria ver o que Norman faria.
Ela se levantou devagar, o olhar firme.
— Sabe que eu não discuto com quem usa a barriga como escudo, não é? — disse.
Isabella riu com desprezo.
— É, porque você não pode me tocar.
— Posso não te tocar, mas posso te colocar no seu lugar. — Norman deu um passo à frente. — Porque eu ainda tenho algo que você nunca vai ter: dignidade.
André apareceu no corredor, cruzando os braços, observando sem interferir.
Isabella se aproximou, o tom venenoso.
— Você é uma ninguém. Pobre, esquecida, e só chegou aqui porque ele teve pena. O irmão dele me quis, o pai dele me quis, e agora é a vez dele. Você é só o intervalo entre os verdadeiros nomes dessa família.
O som veio seco, rápido.
O tapa de Norman ecoou como sentença.
O andar inteiro ficou em choque.
Norman ergueu o queixo, respirando fundo.
— Pode me chamar do que quiser. Eu nasci sem luxo, mas nunca precisei m