Quando a máscara cai e o coração se expõe
Leonardo Cassani
Porra.
Eu a queria. Eu a desejava como nunca desejei nada na vida. O cheiro dela, o calor dela, a forma como os olhos azuis queimavam quando se irritava comigo… era tortura e vício ao mesmo tempo.
— Porra! Eu quero você, Norman. — explodi, a voz mais rouca do que queria admitir. — Seja minha.
Ela recuou um passo. Os olhos dela marejaram, o peito arfando. A cada respiração parecia que algo se quebrava dentro dela.
— Desculpe, Lorenzo… — a voz dela saiu quase em sussurro. — Eu não posso.
Aquela recusa bateu em mim como soco. Fiquei imóvel, sentindo as palavras ecoarem mais fortes que qualquer tiro que já havia ouvido na vida.
Ela continuou, firme, mesmo com as lágrimas pesando no olhar.
— Minha vida na empresa já não está fácil. — disse. — Aquelas mulheres me odeiam. Falam pelas minhas costas e me humilham na minha cara. Eu luto todos os dias para manter a cabeça erguida. E fora que…
— Fora que o quê, Norman? — avancei, a voz gr