48. A armadilha de neon
A notícia de que Tulio Costello transferira sua reunião secreta com o Consórcio Sombra para seu iate particular, o "Leviatã", ancorado numa enseada isolada da Ilha Esmeralda, caiu como uma bomba na sala de estratégia improvisada de Leonardo, Sabrina e Beatriz. O plano original de se infiltrar na sala de conferências do resort, já arriscado, agora parecia brincadeira de criança comparado ao desafio de abordar uma fortaleza flutuante, fervilhando com a segurança pessoal de Tulio e, sem dúvida, com os cães de guarda do Consórcio.
"Um iate," Leonardo repetiu, a voz baixa, os olhos azuis fixos nas imagens de satélite do "Leviatã" que Beatriz projetara na parede. A embarcação era um monstro de luxo e tecnologia, com múltiplos conveses, heliporto e, Beatriz já confirmara, sistemas de segurança independentes, incluindo sonar subaquático e drones de vigilância. "Ele não está facilitando as coisas para nós." "Ou para o Consórcio Sombra," Beatriz ponderou. "Tulio não confia em ninguém. Mover a re