O caminho até a escola foi leve. Rigel falava sem parar, todo animado, contando que sonhou com um dinossauro gigante que virava seu amigo e protegia ele dos valentões.
Ele ria, e eu ria junto. Era impossível não se contagiar com aquela alegria simples, honesta.
Estaciono em frente ao portão e desço para abrir a porta de trás. Ele já vai tirando o cinto sozinho, apressado, animado por encontrar os colegas.
— Lembra da lancheira, hein? — digo, entregando na mão dele.
— Tá aqui! — ele responde, com um sorriso grande.
Começamos a caminhar lado a lado, ele segurando minha mão com força. Cada vez que alguém pass