Alguns dias depois, o sol finalmente parece brilhar diferente. A enfermeira retira os últimos acessos, e o médico confirma: posso ir para casa. O coração aperta, porque sei que cruzar aquelas portas significa deixar parte de mim para trás… mas também significa voltar para os meus.
Samuel segura minha mão o tempo todo, cuidando de cada passo, como se eu fosse feita de vidro. Ao chegarmos em casa, percebo o movimento: risadas abafadas, vozes conhecidas tentando soar discretas. Quando a porta se abre, o estouro de palmas e sorrisos me envolve.
— Bem-vinda de volta, Jade! — todos gritam juntos.
O corredor está cheio: Ayla, Marco, Murilo, minha sogra, Julia, até vizinhos próximos. Balões simples, flores em vasos improvis