No começo é só silêncio. Um silêncio pesado, como se eu estivesse submersa em um mar escuro, sem ar, sem chão. Meu corpo parece distante, como se não fosse mais meu.
Aos poucos, um som rompe essa escuridão. Um bip ritmado, insistente. Depois outro. E, então, uma voz que eu reconheceria em qualquer lugar.
Samuel.
Minha mente luta para emergir. É como tentar nadar contra uma correnteza. Cada movimento é um esforço, mas eu não consigo desistir. Eu preciso ouvir mais. Preciso chegar até ele.
O peso nas minhas pálpebras é insuportável, mas finalmente consigo ab