Noiva Corna Não Chora... Ela Se Vinga! Imagine ser traída pelo noivo minutos antes do casamento. Sim, minutos. O universo basicamente me deu um tapão e disse: Toma, Bianca, hoje não é seu dia. Mas sabe o que eu fiz? Virei o jogo. Na mesma noite, me joguei nos braços do primeiro gostoso que apareceu na minha frente. Um desconhecido misterioso, olhar de pecado e mãos que fizeram eu esquecer até meu próprio nome. Na manhã seguinte, antes de fugir como uma Cinderela pós-revanche, tirei uma foto deitada ao lado dele e mandei para o meu ex. Só que o universo adora um plot twist perverso e riu na minha cara de novo. No trabalho, tentei jogar café no infiel, errei o alvo e acertei... O cara da noite anterior! Adivinha? Ele não é um desconhecido qualquer. É Lucky Hart, irmão mais velho do meu ex. Passei a noite com meu ex-cunhado! Graças aos céus ele não sabe que era eu... Ou será que sabe? Lucky é um mistério ambulante: me provoca, me desafia e, pior de tudo, me faz gostar disso. Mas será que ele é diferente do irmão? Ou vai me usar, trair e descartar?
Leer más♡ Bianca ♡
Deveria estar no altar dizendo um feliz e sonoro "sim".
Em vez disso, encostada na porta da sacristia, assisto meu noivo entre as pernas da minha irmã, devorando a boca dela como se o mundo estivesse acabando.
Contabilizando: Dois anos de relacionamento. Ciúmes absurdos. E uma traição que eu tinha engolido seis meses atrás, quando o encontrei beijando a estagiária no banheiro da empresa em que trabalhamos.
"Foi só um deslize, Bia. Você é a única que eu amo."
Burra. Fui imensamente burra, eu sei. Todo castigo pra corna é pouco, por isso estou aqui, de novo, ouvindo meu noivo dando prazer à outra.
A raiva tomou conta antes mesmo do nojo. Dessa vez, Aidan não vai ter perdão. Meus olhos escanearam o ambiente até encontrar a câmera de vídeo, deixada ali para ser usada para transmitir meu casamento... Corrigindo: Ex-casamento.
Ajustei o ângulo e liguei antes de gritar a plenos pulmões:
— QUE PORRA É ESSA?
Eles se separaram num salto. Jéssica, de batom borrado, quase caiu. Aidan, meu noivo traidor, teve a audácia de franzir a testa e soltar à clássica:
— Bianca, não é o que parece.
— Claro. Nunca é. Assim como não era "nada" quando te peguei com a estagiária, né? — Forcei um sorriso e cruzei os braços, desafiando-o: — Vai, tente me explicar por que diabos está enfiando a língua na minha irmã dez minutos antes do nosso casamento?
Jéssica ajustou o decote – do vestido que EU escolhi - e soltou a bravata:
— Acontece, Bia. — Ela encolheu os ombros, como se estivéssemos falando de quem pegou a última fatia de bolo. — Não precisa fazer tanto drama.
Drama?!
Eu ri. Ri até sentir os olhos queimarem.
— Ótimo. Já que não é nada demais… — Apontei para a câmera. — Vamos perguntar aos nossos duzentos convidados o que acham.
Aidan empalideceu. Jéssica soltou um palavrão.
E eu?
Fui direto para o altar e, sem hesitar gritei:
— SENHORAS E SENHORES!
A plateia estava congelada, os olhos pregados na cena acima do altar. O padre parecia prestes a desmaiar.
— Antes do "sim", uma surpresa especial! — Apontei para o telão, onde Aidan se arrumava com pressa. — Um espetáculo grátis, cortesia do canalha com quem quase casei e da vadia que chamo de irmã! — Arranquei o véu ao anunciar: — O CASAMENTO TÁ CANCELADO.
Desci os degraus sob olhares chocados. O vento bateu no meu rosto ao sair, mas não apagou o ódio.
Sem surpresa, minha mãe barrou meu caminho.
— Bia, o que você fez com sua irmã?!
— Nos poupe! Ela tava de perna aberta pro meu noivo, mãe! — respondi desviando e apressando o passo.
Praticamente me joguei dentro da limousine do casamento e o mandei se afastar dali rápido.
— Para o salão de festas? — ele questionou me olhando com curiosidade, preocupação e um relance de pena.
— Não! Só dirija pra bem longe daqui. Depois decido — declarei me jogando contra o assento.
Pego o champanhe, que comemoraria minha união com aquele canalha, abro e tomo direto do gargalo.
Sinto-me anestesiada, sem forças para chorar pelo fim do meu sonho dourado, em parte porque tenho alguns problemas urgentes a resolver:
Número um: Trabalho e moro com o traidor.
Número dois: Meus pais idolatram minha irmã traidora.
Resumindo: Não tenho para onde fugir.
O toque do meu celular me fez olhar para o aparelho deixado ali quando fui para a igreja.
Lucky Hart, irmão do noivo, e CEO da empresa em que trabalhamos:
Lucky: Aidan é um idiota. Se estivesse aí, teria quebrado a cara dele por você. Não faça nada drástico até eu chegar.
Sorri pela primeira vez desde que esse inferno começou.
Pelo menos alguém está do meu lado, mesmo sendo alguém que só conheço por mensagens.
Bianca: Drástico tipo fugir do meu próprio casamento?
Os três pontinhos dançaram na tela antes da resposta vir:
Lucky: Fez bem em largar o idiota. Você merece um homem melhor. Que cuide e te queira de verdade.
Engoli o nó na garganta.
Um estranho se preocupando, enquanto quem devia me amar me apunhalava pelas costas.
E justo Lucky Hart. O irmão odiado por Aidan, que nem sequer conheço pessoalmente. O cérebro por trás do império Hart Enterprises no estrangeiro. Nas poucas fotos dele que vi, todas de sua adolescência, era o único que quebrava o padrão loiro de olhos azuis dos Hart, seguindo a herança da mãe italiana: cabelos escuros como a noite, olhos profundos como ébano.
Em breve ele voltaria ao país e, sendo eu assistente da presidência, tínhamos tido muito contato por mensagens de texto nos últimos três meses. De um completo estranho, odiado por Aidan e idolatrado pelo avô, ele tinha se tornado o cara que me salvava do tédio com mensagens aleatórias durante reuniões intermináveis. O único que devolvia meu sarcasmo com juros. E agora, meu cúmplice involuntário na minha fuga.
Lucky: O casamento foi cancelado, mas você ainda me deve uma dança.
Lembrei imediatamente da provocação dele naquela manhã:
"Se não reservar pelo menos uma dança comigo, te rapto na lua de mel."
Eu tinha respondido com uma risada e uma ameaça vazia sobre cadeia, e ele rebateu:
"Posso fazer muito mais se permitir."
E agora, no carro, fugindo do meu próprio casamento, ele me lembrava daquela promessa boba.
Bianca: Quer mesmo dançar com uma fracassada traída no altar?
A resposta veio instantânea:
Lucky: Agora que está solteira, estou tentado a cobrar muito mais que uma dança.
Minha respiração falhou, como sempre acontecia quando ele vinha com essas provocações.
Desde o começo das nossas inteirações ele se mostrou um jogo perigoso – mensagens de duplo sentido, provocações que faziam meu corpo reagir antes mesmo do meu cérebro processar.
Era igualzinho ao irmão e ao pai: um conquistador nato. Provavelmente, também é um traidor nato.
Lucky é um enigma do qual devo correr, mas agora, com o casamento em ruínas e a traição exposta, só desejo dar a Aidan um gostinho do que me fez. Seduzir o irmão que ele tanto odeia parece um começo atraente.
Sem pensar com clareza mandei a mensagem que definiria meu destino...
Bianca: Que tal passar a noite comigo, Lucky?
♡ Bianca ♡Após semanas de auditoria, a sala de reuniões da Hart Enterprises está gelada pelo ar condicionado, mas meu sangue ferve no calor da vitória enquanto observo os membros do conselho assinarem os documentos que selam o destino de Aidan.Lucky está sentado à cabeceira da mesa, seu terno azul-marinho impecável, a expressão séria. Seus dedos tamborilam levemente na mesa de madeira nobre, o único sinal de impaciência. Do outro lado, Aidan parece ter encolhido.— Está decidido — Arthur declara, sua voz grave ecoando na sala silenciosa. — Aidan Hart está oficialmente afastado de todas as suas funções na Hart Enterprises. Em troca da devolução integral dos valores desviados, a empresa não prosseguirá com ações criminais.O caneta dourada brilha quando Aidan a pega para assinar. Vejo seu dedo indicador tremer levemente antes que ele force uma assinatura firme. Quando levanta os olhos, eles encontram os meus por um segundo - azuis e gelados como sempre, mas agora com algo novo: derrota
♡ Bianca ♡Meus dedos se apertam involuntariamente no braço de Lucky, e ele vira o rosto para mim, os olhos escuros escaneando minha expressão antes de endurecerem.— Estou aqui.É só um sussurro, mas carrega uma promessa. E então ele nos alcança. Para a poucos passos de nós, o peito subindo e descendo rápido demais para alguém que só caminhou até a garagem.— Que cena tocante — ele cospe, a voz carregada de um veneno que já me intoxicou por anos. — O meu irmão e a minha ex-noiva. Achando que podem me passar a perna.Lucky não se mexe, mas sinto o corpo dele se ajustar, quase imperceptivelmente, entre Aidan e eu. Um escudo humano.— Deveria estar preocupado com as acusações de fraude, Aidan — Lucky responde, calmo demais. — Não com a nossa vida pessoal.Aidan ri, um som seco que não chega perto dos olhos.— Ah, claro. Porque você sempre foi o santo da família, não é? — Ele dá um passo à frente, e eu involuntariamente recuo. — Mas vamos falar da vida pessoal mesmo. Uma vez que posso s
♡ Bianca ♡Em todos os anos trabalhando ao lado de Arthur Hart nunca o vi tão desiludido e decepcionado quanto hoje, ao descobrir que um dos netos prejudicou a empresa que fundou e ainda tentou colocar a culpa no irmão. Ele ainda pensava no que fazer com as provas que tinha diante de si quando Aidan invadiu a biblioteca.— Isso é um absurdo! — Aidan esbraveja diante da acusação, sem mostrar o menor abalo em ser desmascarado. — Realmente acredita nessa mentira, vovô?Arthur não pisca. Os olhos claros dele, normalmente tão acolhedores e amorosos com os netos, estão frios para Aidan.— Lucky trouxe provas, Aidan.— Provas forjadas! — Ele dá um passo à frente, e eu instintivamente me aproximo de Lucky, sentindo o calor do corpo dele contra o meu braço. — Ele está tentando me queimar para cobrir os próprios erros!Lucky solta um suspiro quase imperceptível, cansado dessa discussão e da fuga da verdade que Aidan insiste em percorrer.— As transações estão todas aqui, Aidan. — Ele aponta par
♡ Bianca ♡O portão da mansão dos Hart se abre com um rangido solene, como se estivesse me avisando que não sou bem-vinda aqui. O Jaguar preto de Lucky desliza pelo caminho de pedras, e eu aperto os dedos contra a alça da minha bolsa. Nesta casa, até o ar é pesado.Lucky estaciona e desce, mas antes que eu possa abrir minha porta, ele já está lá, oferecendo a mão. Seus dedos se entrelaçam nos meus, firmes, quentes.— Pronta? — Ele inclina a cabeça, os olhos escuros escaneando meu rosto como se soubesse que eu estou a um passo de fugir.— Nem um pouco — murmuro, ajustando os óculos de tartaruga.Ele sorri, como se minha resposta fosse exatamente o que esperava.Pedi para acompanha-lo na visita ao avô, mas repenso a cada passo que me aproxima da mansão.A escadaria de mármore parece mais longa do que deveria, cada degrau um teste. A porta se abre antes mesmo que Lucky toque a campainha, e lá está ela: Camila Hart.Loiro platinado impecável, vestido justo que custa mais que meu salário a
♡ Bianca ♡A maldade de Jéssica queima em meu peito. Lembro da minha indicação ingênua, do orgulho bobo de ajudar minha irmãzinha, agradando o pedido dos meus pais. Como fui trouxa.— Que história triste — comento, girando minha cadeira para enfrentá-la de frente. — Pena que seus esforços são e continuarão sendo inúteis. Aidan é um incompetente que vai perder a empresa para o irmão. E você jamais conseguirá nada de bom se continuar a ser invejosa e mesquinha.Vejo o golpe atingir. Seus olhos estreitam, os dedos se apertam na borda da mesa até as articulações ficarem brancas.— Quanto tempo você acha que ele vai aguentar ao lado de uma grávida de outro? — Ela muda de tática, a voz melíflua. — Quando ele cansar de você — Jéssica continua, inclinando-se ainda mais —, eu estarei esperando. E dessa vez, não vai ser só nos bastidores.Ergo os olhos lentamente, examinando cada detalhe do rosto perfeito da minha irmã. O batom vermelho-sangue, a maquiagem impecável, o brinco de diamante que er
♡ Bianca ♡Meu expresso queima minha língua enquanto observo Jéssica desfilar pelo corredor como se fosse dona do andar da presidência, o salto alto estala como chicote e aquele sorriso de cobra que conheço desde os tempos em que dividíamos o quarto.— Bom dia, irmãzinha — ela diz, passando por mim como um furacão de perfume doce. — Vim entregar os documentos que prometi ao Lucky.Ajusto os óculos com um empurrão mais brusco que o necessário, ao ligar para a sala de Lucky e informar a chegada dela.A porta do escritório se abre e lá está ele - terno cinza-escuro que faz seus olhos parecerem ainda mais intensos, a barba perfeitamente aparada, a postura de quem nunca duvida do próprio poder.— Senhorita Jéssica Malocchio, entre! — comanda com um aceno de cabeça profissional, antes que os olhos escuros encontrem os meus.Jéssica obedece sorridente. Entra no escritório com um rebolado que deveri
Último capítulo