Um riso amargo escapou dos meus lábios.
— Realmente acha que sou uma completa idiota? — Meus dedos apertaram a caneta com força. Se eu apertasse mais um pouco a partiria ao meio — assim como ele fez com meu coração. — O único que ama é você mesmo Aidan.
Aidan abriu a boca para protestar, mas a porta do escritório se abriu, interrompendo nossa conversa e possível discussão. Arthur e Lucky emergiram da sala, as expressões tão nítidas que não havia dúvidas que tinham ouvido pelo menos parte da discussão.
Os olhos de Lucky passaram por mim num relance antes de se fixarem em Aidan. Algo naquele olhar fez o oxigênio do ambiente rarear.
— Problemas aqui? — Lucky perguntou para o irmão.
Arthur suspirou, esfregando a têmpora com dois dedos. O conheço o suficiente para entender que analisava o possível desastre que essa dinâmica traria para a empresa. Sinto que meu emprego cambaleia na corda bamba e há pouco que posso fazer para evitar minha queda.
Aidan recuou, mas não sem antes me lançar um o